Dilma apela a líderes mundiais para superar impasse no Rio

Enquanto a Cúpula dos Povos se instalava no Aterro do Flamengo, garantindo um colorido extra à conferência das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff decidiu tomar uma atitude para tentar destravar as negociações emperradas no Riocentro. Ela levará na bagagem para o México o rascunho do documento da Rio+20. Dilma viajará neste fim de semana para a cidade de Los Cabos, onde participará da cúpula do G-20, nos próximos dias 18 e 19. O G-20 é o grupo das 20 maiores economias do mundo. Em Los Cabos, com outros chefes de Estado e de governo, a presidente Dilma Rousseff espera desatar os nós que podem garantir um desfecho minimamente honroso para a conferência das Nações Unidas, recorrendo diretamente aos líderes mundiais. O encontro de chefes da Rio+20 acontece imediatamente depois do G-20, nos dias 20 a 22 de junho, no Riocentro. Até o momento, o impasse é tão grande que mesmo a proposta para a criação de um fundo de US$ 30 bilhões foi praticamente enterrada nas últimas horas. O chefe do escritório do secretariado da Rio+20, Nikhil Seth, admitiu consenso apenas sobre 28% do documento (era 25%) e sentenciou que "nosso maior inimigo agora é o tempo". Enquanto as negociações estão emperradas, o governo brasileiro tenta destravar propostas mais simples como fixar a meta para dobrar o consumo sustentável no país. A Aeronáutica já tem o planejamento dos voos extras para o Rio na próxima semana, com a chegada das delegações. Além disso, a Polícia Federal teve ontem dois alertas falsos de possíveis ataques terroristas: malas foram esquecidas no Riocentro e no Galeão. Mas, em vez de bombas, só encontraram cuecas e meias.