quarta-feira, julho 25, 2012
CEEE deve gastar até R$ 40 mi para limpar área contaminada
Cinco minutos de conversa são suficientes para um forasteiro perceber que o vocabulário de 3 mil moradores do bairro Barreto, em Triunfo, inclui termos incomuns à maioria dos gaúchos. Nomes populares de substâncias usadas no passado para tratar a madeira destinada à fabricação de postes pela CEEE na usina ali instalada, como creosoto e CCA, estão na ponta da língua da população que atribui diversos males de saúde a esses compostos. Se em 1961 a unidade recém-inaugurada parecia levar progresso para uma área rural pobre do município, agora o terreno de 162 hectares é visto como um local perigoso para a saúde. E o alerta vem do próprio diretor-presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Carlos Fernando Niedersberg: – É o solo mais contaminado do Estado, pelo que a Fepam tem conhecimento. No bairro que se desenvolveu no entorno da usina, as pessoas temem que os casos recentes de câncer – entre eles leucemia e de pulmão – tenham relação com os produtos aplicados por décadas em troncos de eucaliptos que acabariam sendo usados como postes de luz. A preocupação é baseada na constatação científica de que as substâncias químicas empregadas ali são cancerígenas, se absorvidas em excesso pelo organismo.
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