domingo, abril 27, 2014

Latrocínio é hipótese para morte de coronel torturador

O delegado William Pena Júnior, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), afirmou na tarde deste sábado que a hipótese mais provavél para a morte do tenente-coronel reformado do Exército Paulo Malhães é a de latrocínio. Segundo o código penal, há latrocínio quando, para consumar o roubo, a violência empregada pelo criminoso causa a morte da vítima. O delegado comandou o grupo de cerca de 20 policiais que permaneceram por quase duas horas no sítio do militar fazendo uma perícia complementar. - A primeira hipótese é latrocínio, mas as outras hipóteses não estão sendo descartadas e vão ser estudadas - afirmou o delegado. - O modus operandi da ação a caracteriza como latrocínio. Já se sabe que os bandidos usavam luvas, para evitar a coleta das impressões digitais que poderiam ajudar na identificação deles. O delegado disse não reconhecer como documento a Guia de Sepultamento do militar, obtida com exclusividade pelo GLOBO, que mostra que as causas da morte foram edema pulmonar, isquemia de miocárdio e miocardiopatia hipertrófica. William afirmou que o laudo da perícia do corpo deve estar pronto em dez dias. Consultado pelo GLOBO, o perito criminal e médico legista Nelson Massini, com base nas informações do texto da guia, aponta que o militar possivelmente teve um infarto por causa do que ocorria no momento da morte. — Edema pulmonar e isquemia de miocárdio provavelmente é infarto. Ele deve ter infartado com a história toda. Deve ter ficado nervoso e sofrido muito na hora, causando uma insuficiência cardíaca — explicou o especialista. O corpo do tenente-coronel reformado foi enterrado na tarde deste sábado no Cemitério municipal de Nova Iguaçu. O sepultamento foi acompanhado por cerca de 40 pessoas, que cantavam músicas religiosas.

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