segunda-feira, julho 28, 2014

Indústria fecha 6,6 mil vagas

Chegaram ao emprego os efeitos do freio na engrenagem da indústria gaúcha. Os reflexos do ritmo lento da atividade aparecem em indicadores recém-divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério do Trabalho. Sem sinais de reaquecimento da economia, avisam os empresários, a tendência seria de aceleração nas demissões nos próximos meses. Na sexta-feira passada, surgiu uma tênue expectativa de que a injeção de recursos disponíveis para crédito – foram liberados R$ 45 bilhões pelo Banco Central – possa melhorar o humor na economia, mas não há certeza de que contribua para manter o nível de emprego do setor. Dados do IBGE mostram que, de janeiro a maio, o Rio Grande do Sul teve retração de 4% no emprego industrial, a maior taxa entre as 14 regiões pesquisadas. Pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o saldo mensal de criação de vagas, que se mantinha positivo até abril, apresentou resultado negativo nos últimos dois meses. No ano, as admissões na indústria superam em 20,9 mil o número de desligamentos, mas em maio e junho houve 6,6 mil demissões acima do número de contratações. Conforme o IBGE, a maior retração no emprego ocorreu nos segmentos calçadista e metalmecânico. – Os programas de estímulo do governo amenizam, mas não surtem efeito. Os pedidos sumiram – reclama Getulio da Silva Fonseca, presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Caxias do Sul.

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