Por Agnaldo Santos-Terminou por volta das 19:00 horas, desta quarta-feira (30), o júri popular que colocou no banco dos réus, os pistoleiros Ovídeo Santos Sampaio e Reginaldo Amaral (Regi). Ovídeo foi condenado há 30 anos de reclusão em regime fechado por contratar a morte da empresária Kátia Cristina, Reginaldo o executor, pegou 28 anos, também em regime fechado. Três promotores de justiça, atuaram no julgamento dos pistoleiros. De acordo com a investigação policial, a morte da empresária foi encomendada por R$ 7 mil reais, que foram pagos em diversas parcelas. Entenda a dinâmica deste homicídio: Consta nos autos, que Kátia Cristina, teria descoberto, que seu esposo Edvan Ribeiro, a estava traindo com uma amante, e pretendia se separar, mais antes, ela estava reunindo provas contra o marido. Como ele temia que a esposa fosse beneficiada na partilha dos bens com a separação, teria encomendado a morte dela. Segundo ainda consta nos autos, Katia Cristina, tinha uma gravação em CD que provaria a infidelidade conjugal do empresário. Em todo decurso do júri, o nome do empresário apareceu diversas vezes como sendo o mandante intelectual da morte da esposa. Um irmão da suposta amante de Edvan Ribeiro, identificado como José Roberto, foi o pivô da contratação do Pistoleiro Ovídeo, e este último teria contratado Reginaldo por R$ 1 mil reais, para executar a empresária, mais só teria recebido aproximadamente R$ 800 reais pela morte da empresária. A Mãe de Katia Cristina. A Senhora Arlete de Almeida Lima, mãe da vítima, disse em seu depoimento, que quando ouviu os pinocos dos disparos, pensou que se tratava de alguma pessoa soltando bombas nas proximidades do veículo e passou mal ao ver sua filha naquele estado. Ela relatou que Kátia vinha enfrentando problemas no casamento.
Ainda na investigação da polícial, Ovídeo confessou que ele mesmo ia matar kátia Cristina, mas resolveu empreitar o crime a Reginaldo. No vídeo ele declara que quando foi contratado, não sabia que se tratava da esposa do empresário, mas uma mulher perigosa, que vinha ocasionando problemas ao Edvan, por causa de um terreno. Ariomar José Figueiredo da Silva, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério público, também atuou neste Júri, e disse que os réus, verdadeiramente receberam dinheiro para fazer a empreitada homicida, e taxou Ovídeo como sendo uma pessoa fria, pois em pleno júri, se comporta como se estivesse em uma mesa de bar, ou na beira da praia. “Vejam como ele fica de braços cruzados, como se nada estivesse acontecendo”, disse indignado e bradou: “Não é o juridiquês que conta neste processo, mas a consciência de cada jurado, que decide se condena ou absolve”disse. O promotor ainda frisou que os pistoleiros executaram este crime hediondo, porque tinham certeza da impunidade.
O advogado de defesa Josemar Dantas citou: “Para falar destes dois melindrosos pistoleiros, quero que Deus me ilumine e quero a prova da autoria, porque esta é fraca”, disse. Ele destacou que os depoimentos dos acusados no complexo policial ao Delegado Moisés Damasceno, não tem validade, porque os réus confessaram o crime sobre coação policial e não estavam na presença de um representante legal.
O advogado comentou em sua defesa, que nem uma das armas periciadas, são compatíveis com a que matou Katia Cristina. Todos os argumentos da defesa impetrados pelo criminalista, foram derrubados ao final do júri, pelo corpo de jurados, que optou pelas condenações dos réus. Juntos eles vão pegar 58 anos de reclusão. Também participaram da tese de acusação: A Promotora titular da Comarca de Camacan Dra Katarine Rodrigues e o Promotor João Neto, na assistência de acusação. Edvan Ribeiro que aparece nos autos como autor intelectual neste episódio, será julgado em outro momento. Ele e José Roberto, entraram com recurso no Tribunal de justiça da Bahia e respondem o processo em liberdade. O júri foi presidido pela juíza Emanuele Vita Leite Armede. (O Tempo Jornalismo)
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