sexta-feira, outubro 31, 2014

Juros altos encarecem o Natal dos brasileiros

O brasileiro que está pensando em tomar crédito neste fim de ano pode começar a preparar o bolso. A retomada da alta de juros pelo Banco Central (BC), que anunciou na noite de quarta-feira mais uma elevação na Selic, para 11,25% ao ano, deverá pesar ainda mais no custo de empréstimos e financiamentos. A escalada dos juros, que já estão em patamar elevado, baterá pesado justamente quando o brasileiro mais precisará de dinheiro, durante as festividades de fim de ano, o que poderá prejudicar as vendas de Natal. Pior ainda se levar em conta que, a julgar pelo comunicado emitido pelo Copom na quarta-feira, a tendência é que hajam novas altas na taxa Selic, nas reuniões do órgão marcadas para dezembro e para janeiro de 2015. O sufoco será maior para os consumidores que, por não terem acesso a empréstimos mais baratos, como o consignado, acabam recorrendo a linhas emergenciais, que têm taxas mais caras. É o caso do cheque especial. Em setembro, a alta dos juros nessa modalidade chegou a 10,5% ao mês. Em média, uma pessoa que recorreu a esse tipo de operação teve de arcar com uma taxa de 183,28% ao ano, de acordo com dados divulgados ontem pelo BC. É o maior patamar em 15 anos, só ficando atrás dos juros praticados pelos bancos em abril de 1999, quando a taxa média dessa linha de crédito era de 193,65% ao ano.

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