sexta-feira, outubro 31, 2014

'Máfia da saúde' na PM desviou até ar-condicionado

Um dos focos da ‘máfia da saúde’ que atua na PM, o Hospital Central da corporação deveria ter recebido 50 aparelhos de ar-condicionado. Porém, auditoria realizada pelos militares constatou que só foram entregues 27, sendo que apenas seis eram compatíveis com 22 mil BTUs, como consta no pedido. Os equipamentos foram comprados este ano por R$ 420 mil. “Instauramos mais um procedimento para o caso. A cada descoberta abrimos um inquérito”, informou o chefe administrativo do Estado-Maior, coronel Ricardo Pacheco. As investigações sobre supostos desvios na área de saúde da PM provocaram a queda de quatro coronéis da cúpula do setor na corporação. A transferência do grupo para a Diretoria Geral de Pessoal (DGP), a famosa ‘geladeira’, foi publicada no boletim interno 199 de quarta-feira, como divulgou com exclusividade o blog ‘Justiça e Cidadania’, do DIA. Foi do comandante-geral José Luís Castro Menezes a decisão de exonerar dos cargos os coronéis Armando Porto Carreiro, do Hospital Central da PM, no Estácio; Sérgio Sardinha, do Hospital Central de Niterói, Kleber dos Santos Martins, da Diretoria Geral de Administração e Finanças (DGAF), e Alberto Alves Borges, da Diretoria Geral de Saúde (DGS). O escândalo de mais de R$ 16 milhões é investigado pelos militares, pela Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Três dos quatro oficiais exonerados ajudavam nas apurações da Subsecretaria de Inteligência e do Gaeco. O grupo revelou que uma das técnicas usadas no esquema fraudulento era pegar ‘carona’ em licitações feitas por outros órgãos.

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