domingo, maio 07, 2017

Adoção de crianças mais velhas é prova de amor sem barreiras


"Eu queria ter 12 anos.” Na primeira vez que viu Yasmim, Fernando ouviu essa frase e não conseguiu esquecê-la. Era uma festa no abrigo e, apesar de alegre, a menina trazia uma inquietação. Com 17 anos, o desejo verbalizado era, em outras palavras, uma tentativa de voltar no tempo e, quem sabe assim, aumentar suas chances de ser adotada. No vídeo, Willams disparou: “A esperança é a última que morre”. Dessa vez, foi Viviane quem se comoveu. O garoto, com os mesmos 17 anos, ainda se agarrava ao sonho de encontrar uma família. Yasmim e Willams não se conhecem, mas protagonizam uma história rara, inspiradora e, principalmente, urgente. Os abrigos de Pernambuco e do Brasil estão lotados de crianças e jovens com idades acima de 8 anos. Eles representam quase 70% do universo que hoje espera por um lar. Falar de futuro e esperança para esses meninos e meninas é, antes de tudo, vencer preconceitos. A adoção tardia ainda é o maior deles.Não tem sido fácil, mas o jogo começa a virar.

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