domingo, julho 23, 2017

Trabalhador rural sofre com recessão e seca no Nordeste


Numa estrada coberta de lama, Cláudio Santos de Jesus, 42, segue caminhando até o povoado de Rio Fundo, em Terra Nova, cidade de 13 mil habitantes a 81 km de Salvador. Desempregado, aproveita para assuntar sobre uma possível vaga de trabalho no povoado vizinho ao de Paranaguá, onde mora.Nos últimos dez meses, só conseguiu um temporário: cortou bambú em um assentamento de trabalhadores sem-terra. Antes, atuava no cultivo de capim em uma fazenda da cidade. Trabalhava por jornada, sem carteira assinada.Desde que foi demitido, ele, mulher e seus quatro filhos, com idades entre 4 e 14 anos, vivem exclusivamente dos R$ 202 que recebem do Bolsa-Família: "Estou sendo sustentado pelos meus filhos. Essa é a realidade", diz.A situação reflete o cenário de centenas de milhares de trabalhadores rurais nordestinos. Depois de um período de bonança, marcado por um movimento de trabalhadores voltando da cidade para o campo, a taxa de ocupação despencou na região.

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