sexta-feira, dezembro 06, 2019

Advogada se recusa a entrar em táxi dirigido por negro em BH


Ao ser questionada pelo motorista de táxi se precisava de uma corrida, uma mulher que passava pela avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH, disse que não andaria com um negro. De acordo com a vítima, Natália Burza Gomes Dupin, 36 anos, muito exaltada, exaltada, afirmou ser racista e chegou a cuspir nele. “Eu estava no ponto de táxi e a vi atravessando com o pai dela. Ela estava agredindo-o com palavras, passou olhando dentro dos carros, e eu perguntei, por educação, lógico, se ela estava precisando de táxi. Aí ela respondeu: ‘Precisando eu estou, mas eu não ando com negro, eu sou racista, sou racista mesmo’, e ela ainda deu uma cusparada nos meus pés”, contou o taxista. A mulher, que é advogada, também é suspeita de cometer o mesmo ato contra um sargento da Polícia Militar (PM), dentro da delegacia, enquanto ele tentava levantar informações sobre o ocorrido. De acordo com o boletim de ocorrência, enquanto os envolvidos estavam na Central de Flagrantes (Ceflan) 2 da Polícia Civil, no bairro Santa Tereza, região Leste da capital, a autora ignorou um militar que fazia perguntas para ela, e se virando de costas. "O sargento (...) não conseguiu executar suas funções policiais militares, inerentes ao seu cargo/função, por causa da sua cor", diz. Segundo relatos, a mulher também teria desacatado uma sargento da PM, desobedecendo suas ordens de se sentar e aguardar, e disse: "sua sapata". Procurado, o advogado da suspeita disse que só vai se posicionar no decorrer do processo. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que não vai se posicionar sobre esse caso do sargento, pois ele não prestou queixa de injúria contra a mulher. Portanto, essa questão, por enquanto, não está sendo investigada. Segundo a Polícia Civil, a acusada responderá por quatro crimes: Injúria Racial, Desacato, Desobediência e Resistência. ela foi encaminhada na madrugada desta sexta-feira (6) ao sistema prisional. Neste sábado (7), Natália poderá ser solta em audiência de custódia. As audiências de custódia consistem na apresentação do preso em flagrante a um juiz no prazo de 24 horas. Após a audiência, o magistrado decide se o custodiado deve responder ao processo preso ou em liberdade, podendo ainda decidir pela anulação da prisão em caso de ilegalidade. (EM)

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