O presidente Jair Bolsonaro decidiu demitir o secretário de Cultura, Roberto Alvim, após a polêmica referências ao nazismo em vídeo divulgado nas redes sociais. Segundo o Estado apurou com auxiliares próximos de Bolsonaro, a situação de Alvim ficou "insustentável". O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, já foi comunicado da decisão. A Secretaria de Cultura havia anunciado o Prêmio Nacional das Artes em um vídeo protagonizado pelo próprio Alvim com paráfrases a discursos do Ministro de Propaganda nazista Joseph Goebbels. “A arte brasileira da nova década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, diz Alvim no vídeo.
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperava e vinculante, ou então não será nada”, disse Goebbels em pronunciamento para diretores de teatro, de acordo com o livro Goebbels: a Biography, de Peter Longerich. O texto lido por Alvim em tom solene e pausado é bem mais longo, com outros trechos claramente inspirados pela ideia copiada de Goebbels. A peça de Wagner escolhida por secretário é um trecho da ópera Lohengrin, de Richard Wagner, que Hitler disse sua autobiografia ter do importância capital em sua vida. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou o episódio como "inaceitável" e afirmou que "o secretário da Cultura passou de todos os limites". Para Maia, "O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo." O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) classificou o pronunciamento de Alvim como "absurdo" e "nauseante" e pediu a demissão do secretário. "Fala de Roberto Alvim é absurda, nauseante: o Estado não define o que é e o que não é cultura! Já um governo define quem dele faz e quem dele não faz parte. Quem recita Goebbels e faz pronunciamento totalitário não pode servir a governo nenhum no Brasil e deve ser demitido. Já!", escreveu o deputado no Twitter. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) estendeu as críticas ao discurso de Alvim para o governo. Segundo ela, a fala do secretário especial de Cultura "escancara de vez a face neonazista e criminosa do desgoverno de Jair Bolsonaro". A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (RS), avalia que o vídeo "mostra grau de ocupação ideológica em órgãos públicos e flerte do governo com o fascismo/nazismo". A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que "caso o ministro não seja demitido de imediato usaremos nossas prerrogativas no Senado para convocar o ministro para que ele explique e seja responsabilizado por ação tão indecente". O secretário também se tornou alvo nas redes sociais. Às 10h, "Goebbels" aparecia em terceiro lugar dos assuntos mais comentados no Twitter, "Roberto Alvim" em quinto, "Nazista" em oitavo, "Cultura" em nono e "Wagner" em décimo. As ocorrências ficavam abaixo de "Enem" e "BlackSwan", trilha musical de grupo sul-coreano.
“A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperava e vinculante, ou então não será nada”, disse Goebbels em pronunciamento para diretores de teatro, de acordo com o livro Goebbels: a Biography, de Peter Longerich. O texto lido por Alvim em tom solene e pausado é bem mais longo, com outros trechos claramente inspirados pela ideia copiada de Goebbels. A peça de Wagner escolhida por secretário é um trecho da ópera Lohengrin, de Richard Wagner, que Hitler disse sua autobiografia ter do importância capital em sua vida. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), classificou o episódio como "inaceitável" e afirmou que "o secretário da Cultura passou de todos os limites". Para Maia, "O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo." O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) classificou o pronunciamento de Alvim como "absurdo" e "nauseante" e pediu a demissão do secretário. "Fala de Roberto Alvim é absurda, nauseante: o Estado não define o que é e o que não é cultura! Já um governo define quem dele faz e quem dele não faz parte. Quem recita Goebbels e faz pronunciamento totalitário não pode servir a governo nenhum no Brasil e deve ser demitido. Já!", escreveu o deputado no Twitter. A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) estendeu as críticas ao discurso de Alvim para o governo. Segundo ela, a fala do secretário especial de Cultura "escancara de vez a face neonazista e criminosa do desgoverno de Jair Bolsonaro". A deputada federal e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (RS), avalia que o vídeo "mostra grau de ocupação ideológica em órgãos públicos e flerte do governo com o fascismo/nazismo". A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) afirmou que "caso o ministro não seja demitido de imediato usaremos nossas prerrogativas no Senado para convocar o ministro para que ele explique e seja responsabilizado por ação tão indecente". O secretário também se tornou alvo nas redes sociais. Às 10h, "Goebbels" aparecia em terceiro lugar dos assuntos mais comentados no Twitter, "Roberto Alvim" em quinto, "Nazista" em oitavo, "Cultura" em nono e "Wagner" em décimo. As ocorrências ficavam abaixo de "Enem" e "BlackSwan", trilha musical de grupo sul-coreano.
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