terça-feira, junho 09, 2020

Consórcio: Brasil tem 1.185 mortes em 24 horas; total: 38.497

O Brasil registrou 1.185 novos óbitos e 31.197 novas infecções por coronavírus nas últimas 24 horas. Agora, o país conta com 38.497 mortes e 742.084 contaminações em decorrência da Covid-19. Os dados não incluem as estatísticas do Mato Grosso, que não foram repassadas até o fechamento deste boletim. O boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira indicava que o país contava com 710.887 casos confirmados, além de 37.312 mortes. O Brasil é a segunda nação com maior número de contágios, atrás apenas dos EUA, e o terceiro no ranking de mortes, liderado por EUA e Reino Unido. Considerando o avanço da pandemia no país e sua desaceleração na Europa, é provável que os índices brasileiros superem os britânicos nos próximos dias.
Nesta segunda-feira, o Brasil 16 vezes mais novas infecções do que o Reino Unido (19.361 contra 1.205 na nação europeia). O levantamento divulgado esta terça-feira, às 20h, foi realizado com dados das secretarias estaduais de Saúde, obtidos por um consórcio de veículos de imprensa, formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S. Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. As publicações aliaram-se na obtenção de dados conjuntos após o Ministério da Saúde retirar de seu portal informações consideradas fundamentais para a análise do histórico da Covid-19, como a data de notificação de casos e óbitos por semana epidemiológica. A falta de transparência do ministério, que aventou a possibilidade de recontar o número de óbitos, contestando sua credibilidade, foi condenada por especialistas em saúde pública, associações de jornais, lideranças do Congresso e até pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Nesta terça-feira, em audiência na Câmara dos Deputados, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que os dados sobre a pandemia são "inescondíveis" e que a pasta lançará uma plataforma para detalhar índices que possam servir ao gestores e à população. Pazuello acrescentou que não acredita que os dados de casos e mortos por Covid-19 fornecidos por estados e municípios estejam errados, contradizendo o discurso de Jair Bolsonaro. Segundo o presidente, os números são manipulados com fins políticos. No entanto, afirmou que os governos municipais e estaduais estavam “somando” índices que não eram “somáveis” e que as estatísticas não eram, na sua avaliação, “fidedignas”. Bolsonaro defendeu esta terça-feira, em uma reunião ministerial, a reabertura de colégios, baseando-se nas declarações de uma diretora da OMS, que disse que as transmissões assintomáticas de Covid-19 são raras. Mas a entidade recuou, afirmando que há registros de contágios mesmo por pessoas que não manifestam sintomas. O presidente também criticou a OMS por adotar "posições antagônicas" em relação ao estudo da hidroxicloroquina, que chegaram a ser suspensos, mas depois foram retomados. O uso da substância no tratamento ao coronavírus é defendido por Bolsonaro, embora ele admita que não há comprovações científicas sobre sua eficácia.

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