quinta-feira, julho 09, 2020

Brasil tem 1.719.660 casos de Covid, aponta consórcio às 8hs

O número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil subiu para 1.719.660, indica o boletim das 8h do consórcio de veículos de imprensa formado por O Globo, Extra, G1, Folha de S.Paulo, Uol e O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira. Os números são consolidados a partir das secretarias estaduais de Saúde. O total de óbitos é de 68.089. As estatísticas da pandemia no Brasil são divulgadas três vezes ao dia. O próximo levantamento será divulgado às 13h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde na gestão do interino Eduardo Pazuello. Desde o último boletim fechado, às 20h da última quarta-feira, foram notificados 3.464 novos casos de Covid-19 e 34 mortes a mais pela doença. A secretaria piauiense corrigiu o número de obitos no estado após o levantamento publicado pelo consórcio ontem. Segundo a pasta, quatro óbitos tiveram a causa "retificada". Os números do boletim desta manhã foram atualizados pelas secretarias de Saúde de Ceará, Goiás, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima. Ontem, o país chegou oficialmente à marca de 1,7 milhão de casos.
O Brasil que, até ontem, contabilizava 68.055 mortes por coronavírus, vê a Covid-19 disseminar-se de diferentes formas em cada região. A média de óbitos cresce vertiginosamente no Sul, atinge uma vacilante estagnação no Sudeste e cai em poucos estados, como Amazonas, Pará e Rio de Janeiro. O diagrama nacional dos casos fatais segue reto há mais de um mês. O problema é que estacionou em um nível alto demais, um comportamento que não foi visto na maioria das outras nações. Mesmo os estados que conseguiram reduzir a média de óbitos devem seguir cautelosos. No Ceará, por exemplo, a queda do índice de mortes foi interrompida conforme a Covid-19 avançou para o interior do estado. Já o Rio de Janeiro pode ser motivo de novas preocupações nas próximas duas ou três semanas, diante do agravamento do quadro de saúde de pessoas que estariam sendo infectadas atualmente, quando a capital fluminense passa por um período de relaxamento social. A epidemia da Covid-19 parece longe de estar sob controle no Brasil, com taxa de contágio em alta na última semana. O coronavírus aterrissou oficialmente no Brasil em fevereiro, chegou aos 100 mil casos em maio, atingiu 1,6 milhão no último domingo, e os cientistas ainda têm dificuldades para saber quando o número galopante de contágios será freado. Pesquisador da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Gabriel Maisonnave Arisi destaca que a pandemia cresce em um “ritmo absurdo”, constantemente chegando a quase 50 mil casos por dia — e esse índice, ressalta, pode ser até seis vezes maior, considerando a taxa elevada de subnotificação. — A pandemia pode até atingir o platô na Grande São Paulo, mas vemos seu fluxo para cidades do interior, onde sequer há estrutura para atendimentos de saúde básica — alerta. Um levantamento divulgado esta terça-feira pelo Imperial College of London alertou que o contágio do coronavírus no país está mais acentuado. De acordo com a pesquisa, o índice de transmissão da Covid-19 é, agora, 1,11— ou seja, cem pessoas contaminadas podem levar o Sars CoV-2 a 111 saudáveis. Na semana passada, o estudou indicou que a taxa de transmissão era de 1,03. Então, a cada cem infectados, 103 eram contaminados pelo coronavírus. O Imperial College realizou a pesquisa em 56 países onde há transmissão ativa do coronavírus. O balanço foi fechado com base nos dados coletados no último domingo, dia 5. O relatório ressalta sete vezes que a notificação de casos e óbitos pela pandemia no Brasil está mudando e que, por isso, essas informações devem ser interpretadas “com cautela”. Não há mais detalhes sobre essa observação. Um estudo elaborado pelo Instituto Estadual do Cérebro (IEC), à espera de publicação em revista científica, apontou tendência de redução da taxa de mortalidade da Covid-19 com o tratamento de plasma de convalescente. O trabalho analisou 113 pacientes de Covid-19 internados em UTI e não randomizados. Ou seja, seus casos foram comparados, mas a escolha não foi aleatória, como nos estudos randomizados, o que permitiria estudar sem qualquer viés a resposta do paciente ao tratamento. Receberam infusão de plasma de convalescente 41 pacientes. Os outros 72 não receberam plasma e seus casos foram considerados apenas para comparação. A média de idade dos pacientes foi de 58 anos, 61% homens e 39% mulheres. Dos 41 que receberam plasma com anticorpos apenas sete não usaram ventilação mecânica. Esses sete sobreviveram. Após 14 dias de internação, 42% dos que não receberam plasma de convalescente morreram. Entre os que receberam a infusão, o percentual de mortos foi de 29%. Depois de 28 dias, porém, a diferença foi reduzida: 56% dos que não receberam plasma morreram; 49% dos tratados com a infusão faleceram.

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