quarta-feira, setembro 30, 2020

Bolsonaro já escolheu desembargador para vaga do STF

Nome escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na vaga aberta com a futura aposentadoria do ministro Celso de Mello, Kássio Nunes Marques é advogado de formação e, desde 2011, ocupa o cargo de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) na cota de vagas destinadas à advocacia -o quinto constitucional. Após a revelação do colunista Lauro Jardim sobre a escolha de Bolsonaro, o nome de Kássio recebeu manifestação de apoio de um dos principais líderes do Centrão, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), que é alvo das investigações da Lava-Jato. Nogueira afirmou em uma rede social: "Todos nós do Piauí estamos na torcida para que se concretize a indicação do dr. Kassio Nunes como novo ministro do Supremo Tribunal Federal, que seria o primeiro piauiense em mais de 50 anos no STF. Atual desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, ele é considerado um dos desembargadores federais mais produtivos entre seus pares e todos que conhecem a sua trajetória sabem da competência e comprometimento do dr. Kassio Nunes com o seu trabalho". Nunes havia sido nomeado para o cargo de desembargador federal pela então presidente Dilma Rousseff, após ter sido o mais votado em lista tríplice da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo fontes da política do Piauí, Nunes tinha bom trânsito com o então governador Wilson Martins, do PSB. Seu nome já apareceu como cotado a vagas do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas não estava entre os favoritos para o STF. O nome ganhou força nos últimos dias, segundo o colunista Lauro Jardim. Em uma entrevista concedida ao site "Conjur", Nunes afirmou que a prisão após condenação em segunda instância não deve ser obrigatória e defendeu que seja analisada caso a caso por cada juiz. Na sua interpretação, a primeira decisão do STF sobre o assunto havia sido nesse sentido --depois o STF reviu o entendimento e estabeleceu a prisão apenas após o trânsito em julgado. (O Globo)

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