quinta-feira, setembro 10, 2020

SCMI explica fluxo e cobra ações para garantir atendimento

Durante Live no Instagram na noite da terça-feira (8), a Santa Casa de Misericórdia de Itabuna voltou a cobrar que os gestores locais do sistema público de saúde sigam corretamente o fluxo para o envio de pacientes para o Hospital Manoel Novaes. Para a instituição, a população está sendo penalizada por falta de medidas claras e efetivas para garantir o atendimento ao paciente SUS em Itabuna. Ao participar da transmissão, a diretora técnica do HMN, a médica Fabiane Chávez, lembrou que em agosto do ano passado a unidade hospitalar deixa de atuar no sistema “Portas Abertas” passando a atuar com atendimento de urgência/ emergência regulado pela Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Ou seja, antes de ser enviado para o hospital o paciente precisa ser devidamente regulado, tanto para a pediatria quanto na obstetrícia. Fabiane Chávez explicou que, por decisão do gestor municipal, o atendimento emergencial de “Portas Abertas” para baixo risco passou a ser ofertado na Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre). Já o atendimento de médio e alto risco segue com o Hospital Manoel Novaes, sempre através do sistema de regulação.
A diretora técnica afirmou que nos últimos meses vêm ocorrendo problemas graves no momento da regulação e transporte do paciente. Segundo ela, muitos pacientes em estado grave têm sido transportados sem que os protocolos sejam seguidos. “Muitas vezes transferem o paciente em ambulância básica, sem acompanhamento de um médico, sem nenhum suporte”, relatou a médica. Fabiane Chávez informou que esse descaso vem ocorrendo, inclusive, no transporte de crianças. “Denunciei à Sesab que crianças estavam sendo transportadas sem a segurança devida. Elas chegavam no HMN extremamente grave e não conseguíamos fazer muita coisa. Nos últimos dois meses, constatamos que essa situação vem ocorrendo também com as gestantes”. A diretora técnica do HMN disse que o desrespeito aos protocolos vem causando um transtorno muito grande pois, muitas vezes, não dispões de leitos vazios para internar o paciente. “Isso gera constrangimento para a gestante, que fica para lá e para cá. E para o hospital, que acaba acusado, injustamente, de ser negligente”. O outro participante da Live, o provedor da Santa Casa de Itabuna, Francisco Valdece, afirmou que a falta de profissionais na Ester Gomes, que funciona de “Porta Aberta”, vem gerando dificuldade no atendimento à população e sobrecarregando o Manoel Noves. “Os médicos do Novaes trabalham aos domingos e nos feriados para que o paciente não fique sem assistência. Eles têm os dias de repouso e, quando escalados, cumprem os plantões com assiduidade e pontualidade”, pontuou. Valdece disse ser preocupante que uma unidade credenciada para atendimento de portas abertas fique sem médicos durante os finais de semana. “Essa falta de profissional é algo que beira à irresponsabilidade. Os moradores de Itabuna e municípios vizinhos precisam saber de quem é culpa por situação. Precisamos que uma solução urgente seja adotada para que não continuemos a perder vidas que poderiam ser salvas”. A live pode ser conferida no Instagram da Santa Casa de Itabuna, em @santacasadeitabuna.

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