terça-feira, janeiro 19, 2021

Índia libera exportação de vacinas; Brasil fica de fora

A Índia, uma das maiores fabricantes de insumos médicos do mundo, começará a exportar vacinas contra Covid-19 até a próxima quarta-feira, disseram fontes governamentais. O Brasil, que negocia o envio de 2 milhões de doses da vacina de Oxford produzidas pelo instituto indiano Serum, não está na lista de nações contempladas, segundo apurou a Reuters. O primeiro lote exportado irá para o Butão, disseram as autoridades, que pediram para não terem seus nomes revelados pois um anúncio formal ainda será feito pelo governo indiano.Dois milhões de doses do imunizante produzidas pelo Instituto Serum também serão despachadas para Bangladesh na quinta, disseram as mesmas fontes. O Ministério das Relações Exteriores de Bangladesh confirmou os planos, afirmando que um voo especial da Índia desembarcará em Dhaka na quinta. A Índia começou a vacinar no sábado seus profissionais de saúde com o imunizante Oxford, assim como um outro desenvolvido pela Bharat Biotech. O país pretende começar a exportar a vacina da Bharat em um segundo momento. O governo brasileiro chegou a preparar um avião para buscar 2 milhões de doses da vacina, que seriam exportadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e usadas no início da vacinação no país, mas o voo acabou sendo cancelado. O uso emergencial do imunizante que seria trazido do país asiático foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último domingo. Além disso, clínicas privadas de vacinação também têm acordo para comprar 5 milhões de doses da vacina da Bharat uma vez que o imunizante obtenha registro definitivo junto à Anvisa. Na última segunda-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, justificou os entraves nas negociações com a Índia pelo “fuso horário” do país asiático. Pazuello também não soube precisar uma data para a chegada das doses produzidas pelo Serum. (O Globo)

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