domingo, março 28, 2021

Com Cloroquina desviada para Covid, Malária fica sem estoque

O Ministério da Saúde pode ter desviado 2 milhões de comprimidos de cloroquina para usar na campanha contra a Covid. Enquanto isso, o programa de Malária ficou sem estoque do medicamento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo. Segundo documentos obtidos pela Folha de S.Paulo, o governo Bolsonaro precisou, com urgência, de 750 mil comprimidos de cloroquina, por meio de aditivo a uma parceria firmada com a Fiocruz, que produz esse medicamento. O aditamento foi proposto em novembro e assinado em dezembro. Em janeiro, a entidade entregou a quantidade adicional para não desfalcar o programa de malária. O total é suficiente para quatro meses. A parceria – viabilizada por meio de um termo de execução descentralizada (TED), o de número 10/2020 – foi bancada com dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS). Os gastos somaram R$ 258.750,00. Em janeiro, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que o uso de dinheiro do SUS na distribuição de cloroquina a pacientes com Covid é ilegal. Segundo o tribunal, o fornecimento pelo SUS de medicamentos para uso “off label”, fora do previsto na bula, só pode ocorrer com aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A Anvisa confirmou não ter concedido essa autorização.

Nenhum comentário: