domingo, março 28, 2021

Foragida, viúva do Capitão Adriano teme pela vida

Há uma semana a polícia procura Julia Lotufo, parceira no amor e no crime do miliciano Adriano Nóbrega, morto em fevereiro de 2020, em Esplanada, na Bahia. Para além de cumprir um mandado de prisão por lavagem de dinheiro dos bens do miliciano, o seu depoimento pode revelar as ligações de Nóbrega com políticos. Julia disse, através de sua defesa, que não irá se entregar "pois teme pela vida". O Ministério Público já comprovou que Adriano, além de chefe do grupo de matadores chamado Escritório do Crime, teve a mãe e a ex-esposa envolvidas no esquema de rachadinhas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, na Alerj. As duas eram lotadas no gabinete, mas não apareciam para trabalhar. Ao todo, o miliciano e a família transferiram mais de R$ 400 mil para as contas do PM aposentado Fabrício Queiroz, apontado como o operador financeiro do esquema. Queiroz trabalhou na PM com Adriano. Foi justamente no período em que Julia trabalhou na Alerj, em 2016, que ela estreitou os laços com o miliciano. Loira, na época com 26 anos de idade e mãe de uma menina de 4, Julia pediu exoneração e passou a gerenciar o esquema de agiotagem e lavagem de dinheiro da fortuna de Adriano. O jornal O Dia teve acesso ao relatório do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) da rede dos bens de Adriano, que também era chefe da milícia de Rio das Pedras. Duas empresas foram criadas com investimentos de Adriano: a CredTech, uma factoring, sediada em Jacarepaguá, que atuava no esquema de agiotagem; e a Lucho Comércio de Bebidas, depósito localizado em Cachambi, que estava sendo transformado no Restaurante Galpão. Ambas empresas constavam no nome de Rodrigo Bitencourt, soldado da PM, ex-marido de Julia e pai de sua filha. Ele foi preso na última semana. O COAF analisou o período de agosto de 2018 e maio de 2019, e apontou que, apesar de Rodrigo ter uma renda mensal de R$ 4 mil, movimentou em sua conta R$ 1,4 milhão. Sobre a CredTech, o COAF disse que a empresa tinha faturamento mensal de R$ 50 mil mas, no período estudado, "teve crédito somados de 1,9 milhão", sendo muitos créditos realizados de dentro de comunidades do Rio. "Consideramos a movimentação incompatível ao faturamento declarado", disse o órgão.

Um comentário:

Anônimo disse...

É bem gostosa, mas não vale a pena cair no aço kkkk.