segunda-feira, junho 17, 2024

Valença registra 1ª morte por febre Oropouche na Bahia

A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) confirmou a primeira morte por Febre Oropouche no estado nesta segunda-feira (17). A paciente era uma mulher de 24 anos, moradora de Valença. A morte da jovem aconteceu em março deste ano, mas só foi divulgada nesta segunda, porque diversos exames precisaram ser feitos para que a causa do óbito fosse confirmada. Mais detalhes sobre o quadro de saúde da paciente não foram detalhadas. Uma segunda morte por Oropouche está em investigação. O paciente tem 21 anos e o caso foi registrado em Camamu. "São dois casos de pessoas jovens, saudáveis, sem comorbidades. Isso foi o que nos chamou ainda mais atenção", afirmou o infectologista Antônio Bandeira. Ainda segundo o infectologista, até o momento não havia nenhum relato de morte por oropouche na literatura. Os primeiros casos da doença na Bahia foram registrados neste ano. De acordo com a Sesab, desde março já foram confirmados 691, em 48 cidades. As primeiras ocorrências foram em Laje e Valença, cidade onde o primeiro óbito foi registrado. Até a última atualização da Sesab, a cidade de Gandu, no sul da Bahia, liderava a lista de registros, com 81 casos. A cidade de Amargosa aparecia com 66 registros positivos, seguida de Uruçuca, com 50. A Febre do Oropouche é uma doença viral transmitida pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Até o momento, não há registros de transmissão direta entre pessoas. O arbovírus foi isolado pela primeira vez no Brasil em 1960, na amostra de sangue de uma bicho-preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém - Brasília. Desde então, casos isolados e surtos foram registrados no país. Os sintomas incluem febre, dor de cabeça e dores musculares, semelhantes aos de outras arboviroses como a dengue e a chikungunya. Não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche. Ele é focado no alívio dos sintomas. Com o aumento no número de casos, a Secretaria da Saúde do Estado intensificou as ações de investigação epidemiológica nas regiões em que houve registros da doença.

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