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28 março 2025

Governo Lula aumenta salários de militares; veja novos valores


O governo federal publicou nesta sexta-feira (28) uma medida provisória que concede aumento salarial de 9% para os militares das Forças Armadas. O reajuste, negociado entre o ministro da Defesa, José Mucio Monteiro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será implementado em duas parcelas: 4,5% a partir de 1º de abril deste ano e os outros 4,5% somente em 1º de janeiro de 2026.

A decisão atende a uma demanda antiga dos comandantes militares, que vinham pressionando por reajustes desde o início do governo. O aumento equipara os militares aos servidores civis da União, que também receberão 9% de aumento, mas através de projeto de lei específico. Com a medida, o salário bruto de um oficial-general de quatro estrelas – o mais alto posto da carreira – poderá ultrapassar R$ 40 mil mensais, considerando soldo e adicionais.

Já a remuneração dos cargos mais baixos das Forças (Recruta, Soldado, Soldado-Recruta, Marinheiro-Recruta, Soldado de Segunda Classe, Soldado-Clarim ou Corneteiro de Terceira Classe) passa de R$ 1.078 para R$ 1.127 em abril. Em janeiro de 2026, esse valor vai para R$ 1.177.

O anúncio ocorre após meses de negociações, segundo a Folha. Mucio defendia que o reajuste era necessário para garantir isonomia entre civis e militares, mas enfrentou resistência do time econômico do governo. Os ministros da área argumentavam que as Forças Armadas já haviam sido beneficiadas com aumentos em 2019, após a reforma da Previdência militar, enquanto os servidores civis tiveram perdas.

O impacto financeiro da medida está estimado em R$ 3 bilhões para os cofres públicos. O reajuste chega em um momento delicado para as finanças do governo, que precisou encontrar espaço no Orçamento para atender a essa e outras demandas salariais. A publicação da MP ocorreu às vésperas do envio do projeto de lei orçamentária para 2025 ao Congresso Nacional.

Para os militares, o aumento representa um alívio após anos de perdas inflacionárias. Apesar dos reajustes recebidos entre 2019 e 2022, a categoria alegava que seus salários não acompanharam a alta de preços no período. 

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