Aliás, não tem mais fila. E, ironia das ironias, é a falta de filas que está causando o maior transtorno aos pacientes. “Ninguém vê mais as filas aqui, mas elas existem. Eu, mesma, passei três meses para conseguir entrar nela. Só que agora é nos computadores da regulação”, afirma a dona de casa Helena Rita.
Dona Helena aguarda por uma tomografia da coluna desde abril. Ela conta que a cada mês faz suas duas visitas sagradas à Central de Regulação. “Quando chego aqui, no início do mês, eles me mandam voltar dia 15. Depois, me mandam voltar no próximo dia 1º. E assim vou sendo empurrada com a barriga”, lamenta.
O governo do estado diz que aumentou as cotas para exames em Itabuna, mas o município, que regula a sua saúde, deve adquirir os procedimentos que se fizerem necessários para o bom atendimento ao cidadão.
A dona de casa espera, desde que foi decretado o fim das filas na Central de Regulação – a ‘solução’ foi por decreto, mas a realidade não acompanhou a vontade do secretário –, por um telefonema avisando da liberação para seu exame. Um telefonema que nunca chegou.
Havia uma espécie de acordo de cavalheiros não escrito, entre prefeitura e veículos de comunicação. Estes, deveriam dar tempo para que as soluções começassem a aparecer, enquanto aquela deveria, justamente, cumprir o que anunciava, o que não ocorreu.
Esta semana o jornal A Região também traz em suas páginas e no site (clique aqui) reportagem sobre o caos da saúde. Mas é o cidadão que deve, primeiro, fazer seu papel, denunciando o que considera errado, cobrando das autoridades, fazendo valer seus direitos.
DO PIMENTA NA MUQUECA
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