O prefeito de Camaçari Luiz Caetano (PT) trabalha forte nos bastidores para trazer o PMDB de volta à base aliada do governo do estado. Em um almoço realizado em Coronel João Sá, cidade situada próxima à divisa do estado com Sergipe, durante a campanha pelas eleições da União dos Municípios da Bahia (UPB), Caetano conversou longamente com o principal líder peemedebista no estado, o ex-ministro da Integração Nacional Geddel Vieira Lima. Na ocasião, eles se abraçaram e selaram a paz, quebrada desde as eleições de 2010.
A estratégia de Caetano ao tentar trazer o PMDB para a base do governo - que ainda não tem o aval completo do governador Jaques Wagner (PT) – é enfraquecer a ascensão do PP na política baiana. O partido do ministro das Cidades, Mário Negromonte, vem conquistando cada vez mais um espaço maior no bolo político baiano, sobretudo após dar abrigo ao prefeito João Henrique e emplacar quadros da legenda na administração municipal.
Aos aliados, Caetano disse ver na reaproximação de Geddel uma forma de impedir que o crescimento do PP respingue nas próximas eleições, com os pepistas reeditando o racha que colocou PMDB e PT em rota de colisão. Uma das moedas de troca, afirmam correligionários do prefeito de Camaçari, é não interferir nos planos do PMDB nacional de emplacá-lo em um cargo do segundo escalão do governo federal.
Nos últimos dias, o PP vem ensaiando, mesmo que indiretamente, críticas ao PT, sobretudo em relação às cobranças para que o partido ajude a administração de Salvador, que vive uma crise da qual ainda não saiu. Contudo, para que a estratégia dê certo, é preciso aparar as arestas deixadas entre Geddel e Wagner durante e após a eleição de 2010. Desde então, Geddel vem amplificando os ataques ao governo do estado. E ainda não deu mostras de que vai diminuir o tom.
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