O deputado estadual coronel Gilberto Santana (PTN) apresentou moção de solidariedade ao artista plástico polonês radicado na Bahia, Frans Krajcberg, 90 anos, e de repúdio a violência no sul do estado de pelo por mais segurança aos moradores da região. Segundo o deputado, o pintor, escultor, gravador, ambientalista, fotógrafo e artista plástico, que está radicado no sul do estado desde 1972, anunciou que vai se mudar da região devido a violência.
O artista mora e mantém o seu ateliê e acervo de arte no Sitio Natura, em Nova Viçosa, onde é preservado um resquício de Mata Atlântica e de manguezal. O local já foi assaltado cinco vezes, com roubos de peças de artes e uma jóia de família. Em recente entrevista, Frans Krajcberg revela que ainda não sabe onde irá morar ou levar as obras de arte. “Ainda estou pensando sobre isso. Mas, não tenho mais condição de ficar lá. Não há segurança”, afirmou. No último roubo, os bandidos levaram até parte do equipamento de segurança, para impedir que sejam identificados.
“Como visto, Frans Krajcberg vem sendo vitima da violência retratada. Desse modo, na condição de um dos representantes do povo baiano não poderia deixar passar aludido acontecimento danoso sem externar solidariedade a este cidadão, ao tempo em que declarar repúdio a violência e clamar à Secretaria de Segurança Publica para que apure os assaltos e, também, por ser oportuno pugnar para que sejam adotados meios preventivos para evitar a ocorrência de crimes em proteção a toda a população da Bahia”, enfatizou coronel Gilberto Santana na moção.
O parlamentar lembra ainda como seria prejudicial a imagem do Estado a mudança de Frans Krajcberg para outra região até fora do Estado. O artista plástico planejava transformar o sítio no primeiro museu artístico-ecológico do mundo. “Por suas obras se tornou respeitado artista. A vida, a arte e trajetória de Frans Krajcberg é conhecida mundialmente: nasceu na Polônia em 12.04.1921, naturalizado brasileiro, em 1948 chegou ao Brasil e em 1951 participou da 8ª Bienal de São Paulo e de 1948 a 1954 viveu entre as cidades de Paris, Ibiza e Rio de Janeiro. Em 1964 realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Matogrossense documentando os desmatamentos. Em 1970 ganhou projeção internacional com as esculturas de madeira calcinada da Amazônia e em 2008 recebeu premio da APCA. “Não podemos permitir que, por causa da inoperância do estado, percamos um grande artista de renome internacional, pois a sua partida iré refletir negativamente na imagem da Bahia tanto no país como em todo o mundo”, ressaltou o parlamentar.
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