As ações dos grandes bancos europeus e americanos estão derretendo. As perdas, ontem, foram drásticas, houve ameaça de corrida bancária na França e reflexos nas maiores instituições financeiras do mundo. Consideradas indicadores que antecipam as tendências dos mercados, sobretudo das bolsas, as ações dos bancos estão sendo acompanhadas com lupa por especialistas do governo brasileiro.
Recompras de ações crescem na turbulência
As empresas despontam como a categoria de investidor que mais aumentou a posição comprada em ações desde o agravamento da recente turbulência. Dados da BM&FBovespa mostram que, enquanto pessoas físicas venderam R$ 409 milhões e os investidores institucionais R$ 596 milhões neste mês até o dia 8, as empresas compraram R$ 786 milhões. Existem mais de 30 empresas com programas ativos de recompra de ações. Quando anunciaram o plano de comprar os papéis, o potencial das operações chegava a R$ 10 bilhões. Pela cotação de terça-feira, o montante necessário para comprar as mesmas ações caiu a R$ 8 bilhões. Depois de fortes oscilações - o índice variou mais de 2.200 pontos entre a mínima e a máxima de ontem -, o índice Bovespa conseguiu se descolar de Wall Street e subiu 0,48%.
Saem as novas regras para linhas de ônibus
O novo modelo para concessão das linhas interestaduais de ônibus, segmento que fatura R$ 4 bilhões por ano e que funciona sob regime de autorização especial desde 2008, será apresentado hoje pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). São 1.967 linhas e redução das tarifas em 51 dos 60 lotes em que elas foram divididas.
Frotistas compram 26% dos automóveis no país
Com as medidas de restrição ao crédito, as vendas diretas a clientes frotistas - como locadoras de carros, empresas e governos - passaram a ser um importante canal usado pela indústria automobilística. Essas vendas, que respondiam por 22% do total em 2010, passaram a representar 26% neste ano.
Agricultura familiar produz para escolas
O programa governamental criado em janeiro do ano passado que determina a compra de alimentos produzidos pela agricultura familiar para a merenda escolar já chegou à metade dos municípios. Apesar desse avanço, cooperativas e pequenos agricultores veem problemas na forma como a compra dos produtos é realizada. O principal entrave apontado no Nordeste é a falta de organização da produção local, que ainda não é capaz de se estruturar a ponto de fornecer com eficiência a cota de alimentos que caberia à agricultura familiar. O governo estima que quando todos os municípios estiverem comprando dos agricultores familiares, cerca de 150 mil famílias, em um universo de 4,3 milhões, estarão fornecendo seus produtos.
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