Se você ainda não participou das marchas contra a corrupção, que ganharam as ruas das principais cidades brasileiras nos feriados de 7 de setembro e 12 de outubro, mas quer tomar parte do movimento, já pode se preparar: assim que o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciar a votação da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar Nº 135/2010), elas irão se repetir.
O aviso é da turismóloga Lucianna Kallil, uma das fundadoras do Movimento Contra a Corrupção (www.movimentocontraacorrupcao.org.br), com sede em Brasília, e que levou cerca de 20 mil pessoas a marcharem contra a corrupção na Praça dos Três Poderes em pleno Dia Das Crianças.
Ela explica que a intenção da nova marcha – que possui entre suas características a articulação pelas redes sociais da internet (principalmente o Facebook), o apartidarismo e a não promoção midiática de seus integrantes – é sensibilizar os ministros do STF de que o povo brasileiro deseja a aplicação da Ficha Limpa nas eleições municipais de 2012.
“Vamos estar presentes lá, na frente do STF, de plantão. Acho que o povo tem muita força e a gente se motiva em cima disso: a gente vê que o povo tem o poder”, afirma.
Diretor do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (www.mcce.org.br), Osíris Barbosa explica que a votação da Ficha Limpa pelo STF está vinculada à escolha da substituta da ministra aposentada Ellen Gracie pela presidente Dilma Rousseff (PT).
Ele informa que o MCCE é formado por 51 entidades de representação nacional, com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entre elas, e que está alinhado com as demais propostas das marchas como o fim do voto secreto no Congresso e a inclusão da corrupção como crime hediondo (Lei Federal Nº 8.072/1990).
“Só não concordamos com a extinção dos partidos políticos, essenciais à vida nas democracias”, pontuou.
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