quarta-feira, novembro 30, 2011

American Airlines pede concordata; ações caem 80%


AAMR Corp, controladora da American Airlines (AA) - que já foi a maior companhia aérea dos EUA - entrou ontem com pedido de proteção contra falência em uma corte de Nova York. Ao recorrer ao chamado Capítulo 11, a empresa ganha tempo para reestruturar sua dívida de quase US$30 bilhões, que inclui um altíssimo custo trabalhista. A companhia, terceira maior do ranking global em número de passageiros transportados, é a última das grandes aéreas americanas a recorrer à recuperação judicial. Segundo analistas, sua relutância a deixou menos ágil do que seus competidores. Apesar disso, a empresa garantiu que AA e American Eagle - seu braço regional - operarão normalmente, como fizeram Delta e United Airlines ao usarem o mesmo instrumento jurídico. As ações da American recuaram ontem 83,95%.

Além de anunciar sua recuperação judicial, a AMR nomeou Thomas Horton como presidente do conselho e presidente-executivo da companhia, em substituição a Gerard Apley, que foi afastado e se aposentou. A empresa tem ativos avaliados em US$24,72 bilhões, enquanto suas dívidas totalizam US$29,55 bilhões. Em caixa, a companhia tem US$4,1 bilhões.

"Nosso conselho decidiu que era necessário dar este passo agora para restaurar a lucratividade da companhia, sua flexibilidade operacional e sua força financeira", afirmou Horton, em comunicado. Os custos trabalhistas têm sido uma grande dor de cabeça para a AMR. Os salários e benefícios pagos são, em geral, mais elevados que os das rivais que se reestruturaram na última década. Segundo Horton, a AMR é a única grande aérea a ter um fundo de pensão dos trabalhadores. "Planejamos iniciar negociações adicionais com todos os nossos sindicatos para reduzir custos trabalhistas para níveis competitivos", afirmou o executivo.

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