segunda-feira, janeiro 30, 2012

MST admite que está enfraquecido

Mais emprego e programas sociais e menos reforma agrária. Sob esse cenário, a luta no campo tem sofrido um "descenso", avalia um dos dirigentes nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Joaquim Pinheiro. Para ele, a oportunidade de emprego nas cidades e os programas sociais, como o Bolsa Família, têm apontado outro caminho para uma parcela dos sem-terra, principalmente aqueles acampados por anos à espera de uma solução do governo por um pedaço de terra no campo.
— Grande parte dessa base social, que antes era o público de reforma agrária, agora tem outras possibilidades. Inclusive, uns recebem Bolsa Família, uns já estão com possibilidade de emprego na cidade.
Segundo Pinheiro, a desmobilização não atinge apenas o MST, mas os outros movimentos sociais brasileiros. Ele negou que seja um processo de cooptação do governo.
— Estamos vivendo uma espécie de descenso desse processo de mobilização e procuramos entender o que está ocorrendo. Isso é fruto de alguns projetos sociais que o governo tem feito. Não é cooptação dessa base social. Apoiamos esses projetos, porque o governo tem a obrigação de atender essas famílias. Mas queremos um programa de desenvolvimento para que as famílias não fiquem reféns desses projetos sociais.

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