“Ele roubou duas jovens, de 18 e 16 anos, num ônibus da linha Largo do Machado- Leblon. Segurou o braço da adolescente de 16 anos, disse que ela teria que sacar dinheiro no caixa eletrônico e dar uma volta por aí com ele. Ela gritou. Nesse momento, o cobrador gritou que ele era o homem que tinha estuprado a menina de 12 anos. Os passageiros o agarraram e chamaram a polícia”, contou o delegado Fábio Baruck.
Ele acrescentou que o estuprador só não foi espancado pelos passageiros e por pedestres porque a polícia chegou na hora e impediu.
De acordo com a polícia, Paulo Roberto estava preso desde 2004, acusado de homicídio, cinco roubos e um motim carcerário. O estupro da menina e os assaltos de ontem não foram os únicos crimes cometidos por Paulo Poberto após sair da prisão.
Sexta-feira, o criminoso roubou um relógio num ônibus na Avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon. Ao ser preso, ele usava o relógio roubado e foi reconhecido também por esta vítima.
“Esse caso (do estupro da menina) mobilizou todo mundo, inclusive a mim. Ficamos felizes porque as pessoas procuraram a delegacia quando ele cometeu o crime de hoje”, disse Martha Rocha, chefe da Polícia Civil, que participou da apresentação do criminoso na 15ª DP (Gávea).
No dia 15 de fevereiro, a menina de 12 anos voltava da escola em um ônibus da linha 162 (Glória-Leblon), sem outros passageiros, quando na Rua Jardim Botânico, altura da Rua Bartolomeu Mitre, no Leblon, o criminoso e duas passageiras embarcaram. O estuprador sentou ao lado da vítima, mostrou uma pistola, revirou a mochila da estudante e roubou dinheiro, joias e celular. Em seguida obrigou B. a ir para o fundo do coletivo onde a estuprou.
“Ele é um bicho, aliás, bicho não porque animais não são assim. Ele é um monstro”, desabafou, nervosa, a mãe da jovem, de 34 anos.
Após o crime, o estuprador abordou outra passageira, que gritou. Ele mandou o motorista parar e fugiu embarcando em outro ônibus, da linha 546 (Rocinha-Leblon), em direção à Rocinha. A menina foi atacada 20 minutos após embarcar.
Segundo o delegado da 15ª DP, Fábio Barucke, a menor chegou à delegacia, meia hora após o estupro, sem condições de falar. “Estava em estado de choque, tremia muito. Tinha marca de ‘chupão’ no pescoço. Chamamos a mãe dela para que conseguisse contar o que aconteceu. É uma criança. Esse cara é um doente”, revoltou-se Barucke.
Revoltado, o pai da estudante, 44 anos, não acredita que a polícia encontre o criminoso. Para ele, a prisão seria pouco. “Eu queria muito mais que isso”, desabafou. O sêmen do agressor foi colhido para exame de DNA. O laudo diz que a menina tem compleição física de criança e as marcas no pescoço têm 50 mm por 20 mm.
Vítima tomou um coquetel anti-HIV
A vítima foi atendida por psicólogos, fez exame de corpo de delito que comprovou a violência sexual e tomou coquetel anti-HIV. O estuprador é moreno, tem cabelo raspado, 1,60m, e sinal no braço direito. No dia do crime, usava camisa rosa e calça bege. A polícia pede que quem reconhecer o estuprador ligue para denunciar pelos telefones 2332-2905 ou para o Disque Denúncia (2253 - 1177).
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