Jennifer Lawrence tem apenas 21 anos, mas tem talento de sobra. Não por acaso, é considerada uma das melhores atrizes da nova geração de Hollywood: sua atuação em Inverno da Alma rendeu não apenas uma indicação ao Oscar em 2011, mas a admiração de público e de crítica. Admiração que deve crescer com Jogos Vorazes, franquia de quatro filmes baseada na série de livros da americana Suzanne Collins, que virou febre nos Estados Unidos e em outras partes do mundo, incluindo o Brasil. A saga, que começa a chegar aos cinemas no próximo dia 23, tem Jennifer à frente, como a protagonista Katniss Everdeen, que se submete a um cruel reality show para salvar a irmã.
Nada na carreira de Jennifer, aliás, é por acaso. Apesar de nova, a atriz sabe o que quer e onde procurar o que deseja. Embora tenha iniciado carreira de forma despretensiosa, ainda criança, atuando em peças da igreja de Louisville, cidade onde morava no estado americano de Kentucky, ela passou a levar a brincadeira a sério quando tomou gosto pela coisa. Aos 14 anos, convenceu os pais a mudar para Nova York, a cidade da Broadway, onde poderia investir mais na profissão. Deu certo. Três anos depois de desembarcar em NY, ganhou seu primeiro papel na TV, como uma das personagens principais da série The Bill Engvall Show. E já no ano seguinte, em 2008, debutou no cinema faturando o prêmio Marcello Mastroianni para atores estreantes no Festival de Veneza. Jennifer ganhou o prêmio por sua atuação em Vidas que se Cruzam, de 2008, primeiro longa dirigido por Guillermo Arriaga, roteirista que foi por muito tempo o escudeiro-fiel de Alejandro González Iñárritu (Babel, 21 Gramas).
No ano seguinte, ela gravou o drama Um Novo Despertar, de Jodie Foster, em que atua sem brilho ao lado de Mel Gibson. Mas confirmou seu talento com Inverno da Alma, de Debra Granik, em que faz o difícil papel de Ree Dolly, que, com apenas 16 anos, carrega a família e algo mais sobre os ombros. O longa concorreu ao Oscar de melhor filme no ano passado e a transformou na segunda atriz mais nova a concorrer na categoria melhor atriz – a primeira é Keisha Castle-Hughes, pelo filme Encantadora de Baleias, de 2003. Jennifer não levou a estatueta, mas a indicação lhe abriu portas. "Nada disso é um acidente, na verdade”, disse de modo quase esnobe à revista Interview, em entrevista feita por Jodie Foster. A atriz lembrou, na verdade, que nada do que faz é impensado ou por acaso.
O papel seguinte passou longe da inclinação “cabeça” que ela parecia seguir: nua e com o corpo todo pintado de azul, Jennifer deu vida a uma versão jovem da vilã Mística em X-Men: Primeira Classe. Em filmes anteriores, a personagem foi vivida pela atriz Rebecca Romijn – que, diga-se de passagem, é mais indicada para o papel do que Jennifer.
A atriz demonstra também dificuldade para interpretar papéis que destoem da sua personalidade. No caso de Ree Dolly, sua personagem em Inverno da Alma, ela disse ter encontrado em si mesma, com facilidade, os elementos para compô-la. "Sou extremamente teimosa e competitiva, mas muito maternal. Acesso facilmente essas características”, afirmou em entrevista à revista Blackbook em 2010.
Momento decisivo
Pobre e responsável pelo sustento da família, Katniss tem perfil semelhante ao de Ree Dolly, o que certamente contribuiu para que o diretor Gary Ross escalasse Jennifer Lawrence como protagonista. “Quando fiz o teste para o papel, não sabia se havia passado ou não. Mas, ao deixar o set, me virei para Gary e disse: ‘Se você chamar outra pessoa, por favor, apenas lembre-se de que ela não vai poder matar alguém e fazer cara de malvada em seguida. Isso simplesmente não combina com Katniss”, disse à revista Vanity Fair, mostrando como havia entendido Katniss.
Seu primeiro grande papel em Hollywood, a heroína de Jogos Vorazes será um desafio decisivo para Jennifer, que pode tanto consagrar como destruir sua carreira. Mesmo se a série for tão bem quanto se espera, a atriz corre o risco de acabar estigmatizada pelo papel, a exemplo do que aconteceu com Emma Watson (a Hermione de Harry Potter) e Kristen Stewart (a Bella de Crepúsculo).
Como para evitar o estigma, a atriz tem projetos paralelos engatilhados. Enquanto não começa a filmar a segunda parte de Jogos Vorazes, ela atua, ao lado de Bradley Cooper e Robert De Niro, no filme The Silver Linings Playbook, dirigido por David O. Russell, que concorreu ao Oscar de direção no ano passado por O Vencedor. Seus planos mais ambiciosos, segundo ela contou à revista Vanity Fair no mês passado, são os de trabalhar com os diretores Joel e Ethan Coen (Onde os Fracos Não Têm Vez) e com os atores Tommy Lee Jones, Jack Nicholson e Renée Zellweger.
Credenciais para o sucesso ela tem de sobra, e sabe disso. (Veja)
No ano seguinte, ela gravou o drama Um Novo Despertar, de Jodie Foster, em que atua sem brilho ao lado de Mel Gibson. Mas confirmou seu talento com Inverno da Alma, de Debra Granik, em que faz o difícil papel de Ree Dolly, que, com apenas 16 anos, carrega a família e algo mais sobre os ombros. O longa concorreu ao Oscar de melhor filme no ano passado e a transformou na segunda atriz mais nova a concorrer na categoria melhor atriz – a primeira é Keisha Castle-Hughes, pelo filme Encantadora de Baleias, de 2003. Jennifer não levou a estatueta, mas a indicação lhe abriu portas. "Nada disso é um acidente, na verdade”, disse de modo quase esnobe à revista Interview, em entrevista feita por Jodie Foster. A atriz lembrou, na verdade, que nada do que faz é impensado ou por acaso.
O papel seguinte passou longe da inclinação “cabeça” que ela parecia seguir: nua e com o corpo todo pintado de azul, Jennifer deu vida a uma versão jovem da vilã Mística em X-Men: Primeira Classe. Em filmes anteriores, a personagem foi vivida pela atriz Rebecca Romijn – que, diga-se de passagem, é mais indicada para o papel do que Jennifer.
A atriz demonstra também dificuldade para interpretar papéis que destoem da sua personalidade. No caso de Ree Dolly, sua personagem em Inverno da Alma, ela disse ter encontrado em si mesma, com facilidade, os elementos para compô-la. "Sou extremamente teimosa e competitiva, mas muito maternal. Acesso facilmente essas características”, afirmou em entrevista à revista Blackbook em 2010.
Momento decisivo
Pobre e responsável pelo sustento da família, Katniss tem perfil semelhante ao de Ree Dolly, o que certamente contribuiu para que o diretor Gary Ross escalasse Jennifer Lawrence como protagonista. “Quando fiz o teste para o papel, não sabia se havia passado ou não. Mas, ao deixar o set, me virei para Gary e disse: ‘Se você chamar outra pessoa, por favor, apenas lembre-se de que ela não vai poder matar alguém e fazer cara de malvada em seguida. Isso simplesmente não combina com Katniss”, disse à revista Vanity Fair, mostrando como havia entendido Katniss.
Seu primeiro grande papel em Hollywood, a heroína de Jogos Vorazes será um desafio decisivo para Jennifer, que pode tanto consagrar como destruir sua carreira. Mesmo se a série for tão bem quanto se espera, a atriz corre o risco de acabar estigmatizada pelo papel, a exemplo do que aconteceu com Emma Watson (a Hermione de Harry Potter) e Kristen Stewart (a Bella de Crepúsculo).
Como para evitar o estigma, a atriz tem projetos paralelos engatilhados. Enquanto não começa a filmar a segunda parte de Jogos Vorazes, ela atua, ao lado de Bradley Cooper e Robert De Niro, no filme The Silver Linings Playbook, dirigido por David O. Russell, que concorreu ao Oscar de direção no ano passado por O Vencedor. Seus planos mais ambiciosos, segundo ela contou à revista Vanity Fair no mês passado, são os de trabalhar com os diretores Joel e Ethan Coen (Onde os Fracos Não Têm Vez) e com os atores Tommy Lee Jones, Jack Nicholson e Renée Zellweger.
Credenciais para o sucesso ela tem de sobra, e sabe disso. (Veja)
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