sexta-feira, junho 22, 2012

Alerta máximo pela chuva

A capital pernambucana entrou em estado de alerta por tempo indeterminado. Ontem, início oficial do inverno no calendário, o prefeito João da Costa assinou decreto que deixa em vigília cerca de mil servidores e se comprometeu, em público, com um objetivo ousado: atravessar o período chuvoso sem registro de incidente grave, principalmente com óbitos, apesar dos 3.400 pontos de risco espalhados pelo município. Desde o início das fortes chuvas, ocorreram três mortes – duas no Cabo de Santo Agostinho e outra em Olinda, na Região Metropolitana. “Zero acidente grave. Zero morte. Sabemos que ninguém controla a natureza, mas esta é a nossa intenção”, afirmou João da Costa, abraçando uma meta ambiciosa num momento em que enfrenta vários obstáculos no campo político dentro do próprio partido, o PT, para tentar a reeleição. Antes de João da Costa, a secretária de Controle Urbano, Maria de Biase, também endossou o propósito. “A infraestrutura já está organizada, no caso de uma situação de emergência. Mas esperamos passar este inverno de forma controlada.” Embora a previsão climática vislumbre chuvas dentro da normalidade para o período, o decreto de estado de alerta foi motivado pelo que já ocorreu. Estudos elaborados por geólogos indicaram que, a partir de 600 milímetros de precipitação, os barrancos ficam saturados e perdem a capacidade de absorver a água. Este ano, o Recife já registrou um índice pluviométrico de 942 milímetros e 84 deslizamentos com 11 vítimas.

Nenhum comentário: