sexta-feira, junho 22, 2012

Emprego dribla a crise e volta a crescer no Brasil

O Brasil gerou 139,6 mil postos de trabalho formais no mês passado, quantidade 44,5% inferior ao resultado de igual período de 2011, quando foram criadas 252 mil vagas com carteira assinada. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Apesar do tombo, as contratações contribuíram para a queda de 0,6 ponto percentual na taxa de desocupação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que ficou em 5,8% — menor índice para os meses de maio desde o início da série histórica, em 2002. No entender de Aurélio Bicalho, economista do Itaú-Unibanco, os números mostram um mercado de trabalho ainda aquecido, mas que corre o risco de perder o fôlego se não houver uma aceleração consistente da atividade econômica nos próximos meses. Enquanto o comércio e os serviços foram os principais responsáveis pela geração de empregos, com saldo de 54,3 mil vagas, a indústria apresentou sinais de fragilidade, com apenas 20,3 mil postos de trabalho criados no mês passado, menos da metade do que os 42,3 mil registrados em maio de 2011. Caio Machado, analista da Consultoria LCA, pondera que o resultado da indústria só não foi pior graças ao bom desempenho de segmentos ligados à renda dos trabalhadores, como alimentos, bebidas e vestuário.

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