Embora os católicos de todo o mundo tenham sido surpreendidos pelo anúncio da renúncia de Bento XVI ao pontificado, prevista para 28 de fevereiro, a decisão do Papa não foi recente ou intempestiva. Segundo Giovanni Maria Vian, diretor do “L'Osservatore Romano”, jornal oficial do Vaticano, a medida fora decidida pelo Sumo Pontífice durante sua viagem ao México e a Cuba, entre 23 e 29 de março do ano passado. Durante aquela viagem, Bento XVI apareceu pela primeira vez em público apoiado em uma bengala, levantando especulações sobre sua saúde.No editorial “O futuro de Deus”, Vian disse que a renúncia do Papa é um “acontecimento sem precedentes, com repercussões em todo o mundo”. Classificando o ato como “uma decisão humana e espiritualmente exemplar”, o jornalista enfatizou que o cardeal Ratzinger “nunca procurou (…) a eleição ao pontificado”, mas a aceitou “com simplicidade”, jamais tendo se sentido sozinho no cargo.
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