domingo, agosto 11, 2013

Uma dívida que sufoca e engessa o Rio Grande

Um dos principais entraves para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul é a sua dívida pública. Ao longo dos anos, os gaúchos vêm sentindo os efeitos dessa crise. Estradas precárias que impedem a expansão da economia, falta de leitos em hospitais, índices de qualidade de ensino cada vez mais baixos, salários de professores defasados. Sucessivos governadores viraram administradores de dívidas, fazendo malabarismos para conseguir investir no básico. Em agosto de 2013, o Rio Grande do Sul continua no vermelho e segue em dificuldades. A dívida consolidada é duas vezes maior do que a arrecadação anual. Em nenhum outro stado o nível de endividamento é tão alto. Segundo dados da Secretaria da Fazenda, a conta ultrapassa R$ 47,1 bilhões. E nesse valor não estão incluídos os precatórios (R$ 4 bilhões) nem o déficit anual da previdência (R$ 6,7 bilhões). É como se cada gaúcho já nascesse devendo R$ 4,4 mil e operando no cheque especial. As prestações vêm sendo pagas em dia, mas a bola de neve continua rolando ladeira abaixo, cada vez mais volumosa. Entre os motivos do crescimento estão os juros e a correção monetária. Só o IGP-DI, índice que corrige o passivo com a União, cresceu 247,7% entre 1998 e 2012. Fora isso, há o peso de novos empréstimos.

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