domingo, agosto 11, 2013

Uma indústria chamada futebol

Os holofotes ficam voltados para os 22 jogadores em campo. Das arquibancadas, a atenção é toda para eles. Enquanto a bola rola por 90 minutos, no entanto, fora das quatro linhas, um batalhão de trabalhadores vive de olho em uma fatia do valor gasto pelos milhares de torcedores que vão ao estádio. Ambulantes, atendentes, donos de bares e seus funcionários, pipoqueiros e seguranças, além dos servidores públicos (policiais, bombeiros, guardas e agentes de trânsito), são alguns dos profissionais que compõem uma equipe gigantesca que está presente em todos os jogos, mas não toca na bola e, muitas vezes, nem assiste à partida. Somados, os que atuam dentro e fora das dependências do gramado em uma tarde de Mineirão lotado são mais de 3,5 mil pessoas envolvidas no mais movimentado evento da cidade, o equivalente a 37% dos empregos gerados pela indústria na Região Metropolitana de Belo Horizonte em junho. E a "convocação" extra-campo se justifica: somente este ano, incluindo Campeonato Brasileiro e Libertadores, os valores arrecadados já superaram R$ 30 milhões, somado o recorde da renda de R$ 14 milhões da final entre Atlético e Olimpia. A principal receita em um estádio está vinculada à venda de ingresso, mas não para por aí. Em um jogo de Mineirão lotado, como a final da Libertadores, o faturamento nos bares supera os R$ 300 mil.

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