segunda-feira, agosto 04, 2014

Vídeo da CPI da Petrobrás pode derrubar relator

O Palácio do Planalto e o comando da campanha de Dilma Rousseff à reeleição montaram neste domingo, 3, uma estratégia para descolar a presidente da tentativa da oposição de associá-la à possibilidade de fraude na CPI instalada no Senado para investigar irregularidades na Petrobrás. A denúncia de que depoentes da CPI receberam com antecedência as perguntas – publicada pela revista Veja – foi desqualificada pelo Planalto, mas integrantes da oposição e até da base aliada admitem que a situação pode levar à destituição do senador José Pimentel (PT-CE) da relatoria da CPI. “A providência a ser tomada é o afastamento do relator que, até que se esclareça esse assunto, está sob suspeita de ser um dos participantes da farsa”, disse o tucano Aloysio Nunes, candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves. A linha de ação do PSDB foi traçada durante um encontro do qual participaram Aécio, o governador Geraldo Alckmin (SP) e o ex-governador e candidato ao Senado José Serra, além de Aloysio. No lado do Planalto, após reuniões e trocas de telefonemas, a Secretaria de Relações Institucionais, chefiada por Ricardo Berzoini, divulgou uma nota para negar as informações de Veja. Segundo a publicação, Paulo Argenta, assessor especial do ministério, teria sido um dos responsáveis pela preparação das questões. “(...) A Secretaria de Relações Institucionais informa que não elaborou perguntas para uso dos senadores na referida CPI. Questionado, o assessor Paulo Argenta garante que jamais preparou questões que seriam realizadas durante os depoimentos na referida CPI”, diz o texto. A ordem no Planalto e na campanha de Dilma é bater na tecla da “disputa política” e da “armação” engendrada pela mídia para tentar vincular a presidente a um escândalo. O discurso oficial é que a CPI sempre foi um “assunto do Congresso”.

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