O site official do Shakhtar, time ucraniano que jogou contra o Bahia nesta sexta-feira (16/1), na Arena Fonte Nova, em Salvador, destaca o fato de que o elenco treinou em campo cercado por favelas e sob a proteção de quatro policiais “com armamento pesado”. Além disso, ressalta que um carro da polícia foi colocado para proteger o time. “No Brasil, você nunca sabe o que lhe espera na esquina, então é melhor ter segurança o tempo todo”, ressalta o texto do site. Como se o Shakthar fosse um time de um país seguro e não da Ucrânia, um país que só existe há 23 anos e resultou do esfacelamento da União Soviética. Como se a Ucrânia não fosse um país em guerra, com a população dividida e sob ataques. A crise na Ucrânia tem sido descrita na imprensa internacional como uma das mais perigosas em pelo menos uma geração. A Ucrânia é um país com 46 milhões de habitantes, com uma fronteira de um lado colada à Rússia e do outro ao extremo leste europeu. Lá, diferente de Salvador, a violência é tanta que o próprio time do Shakthar Donetsk mudou de cidade. Foi em Donetsk que aconteceu a queda do vôo MH 17, da Malasya Airlines, a 50 Km da cidade sede do Shakhtar, deixando 298 mortos. A aeronave foi abatida por um míssil. Diferente do clima no Brasil, o conflito militar entre separatistas pró-Rússia e o governo da Ucrânia, no leste do país europeu, está afetando diretamente as vidas dos 29 futebolistas brasileiros que jogam em clubes ucranianos. Dentinho, Alex Teixeira, Douglas Costa, Fred e Ismaily, chegaram a pensar em desistir de voltar àquele país. Em vez de quatro policiais "com armamento pesado", são tanques de guerra que circulam pela Ucrânia.
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