Membros de uma facção criminosa implantaram um toque de recolher nesta segunda-feira (27) nos bairros Baianão e Mirantes, em Porto Seguro, no Sul do estado, após a morte de oito traficantes, no domingo, na cidade e na vizinha Santa Cruz Cabrália. A informação é de moradores e comerciantes dos bairros, que temem ser identificados. Sob anonimato, um comerciante do Baianão contou que, desde as primeiras horas do dia, grande parte do comércio permaneceu fechada.“Está todo mundo com medo. Hoje, só um mercadinho abriu aqui. Estamos todos apreensivos por conta do ocorrido”, disse. Apesar dos relatos, a delegada Valéria Chaves, coordenadora da 23ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), diz que a informação não procede. “Desconhecemos a existência de toque de recolher. Acreditamos que a iniciativa de manter o comércio fechado partiu dos próprios comerciantes”, avaliou. Ainda segundo ela, os mortos tinham mandados de prisão em aberto por tráfico, homicídios e outros crimes praticados na região de Porto Seguro – entre eles, o assassinato do soldado da PM Denisson Rodrigues, 31, em São José da Vitória, em maio. Ainda conforme Valéria, os policiais revidaram após serem recebidos com tiros, quando tentavam cumprir os mandados. Seis acusados de tráfico foram mortos em Cabrália e outros dois em Porto Seguro. De acordo com a polícia, os mortos pertenciam à facção Mercado do Povo Atitude (MPA). Com eles, foram apreendidas armas de grosso calibre, como fuzis, além de coletes à prova de balas e drogas.
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