sábado, outubro 31, 2015

Inflação no DF chega a ser o triplo da média nacional

A inflação tem subido sem dó no Brasil inteiro. Mas, em Brasília, a população tem pagado mais do que em qualquer outro lugar pelos produtos e serviços que consome. De acordo com o o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo medido entre 16 de setembro e 15 de outubro (IPCA-15) aumentou 0,66% no país. Em Brasília, foi o dobro: 1,28%. O mesmo ocorreu com o Índice de Preços ao Consumidor—Semanal (IPC-S), da Fundação Getulio Vargas. Pelo indicador, a carestia nacional registrou alta de 0,67% na terceira quadrissemana de outubro, mas na capital federal o salto foi quase três vezes maior: 1,79%. Pelos dados do IPC-S, o que mais tem contribuído para o aumento da carestia no Distrito Federal é o arrocho nos preços da tarifas públicas: a passagem de ônibus urbanos subiu 18,33%, e a conta de luz teve alta de 7,61%. No ano, os bilhetes de ônibus já aumentaram entre 20% e 50% dentro do pacote de reajustes promovido pelo governo local. As passagens do metrô ficaram 33% mais caras. Cigarros e bebidas subiram por causa da elevação do ICMS de 25% para 29%. E a alta nos combustíveis aplicada pela Petrobras nas refinarias foi repassada integralmente aos consumidores pelos donos dos postos de gasolina da cidade. Outra bomba está prometida para janeiro no quesito impostos. O governo distrital já anunciou que IPTU, IPVA e ICMS de combustíveis vão subir. Em Brasília, também se paga mais do que em qualquer outro lugar por serviços de internet e de tevê por assinatura, e um aumento de até 15% só de ICMS está previsto nos pacotes dos clientes. Só com a elevação dos impostos desses serviços, o GDF espera uma receita extra de R$ 52 milhões para cobrir rombos no orçamento. A conta dos desajustes, como sempre, é paga pelo consumidor.

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