Para quem tem água nas torneiras diariamente, parece difícil acreditar que o Ceará enfrenta o sexto ano de seca, numa crise hídrica das mais graves, duradouras de sua história e, com perspectivas nada animadoras para 2018. É assim, por exemplo, na casa do aposentado José Mariano de Sousa, morador do São João do Tauape. Ali, em plena semana, é possível flagrá-lo de bermudas, lavando o carro e a calçada usando uma mangueira. Para ele e sua esposa, dona Maria do Socorro, a simples ideia de que pode faltar água, se não economizar, parece coisa destinada somente para os outros. "Eu sei que a situação é bem ruim, mas é no Interior, né?", questiona, com concordância de sua esposa, como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.
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