Ao ser questionada pelo motorista de táxi se precisava de uma corrida, uma mulher que passava pela avenida Álvares Cabral, no bairro Santo Agostinho, região Centro-Sul de BH, disse que não andaria com um negro. De acordo com a vítima, Natália Burza Gomes Dupin, 36 anos, muito exaltada, exaltada, afirmou ser racista e chegou a cuspir nele. “Eu estava no ponto de táxi e a vi atravessando com o pai dela. Ela estava agredindo-o com palavras, passou olhando dentro dos carros, e eu perguntei, por educação, lógico, se ela estava precisando de táxi. Aí ela respondeu: ‘Precisando eu estou, mas eu não ando com negro, eu sou racista, sou racista mesmo’, e ela ainda deu uma cusparada nos meus pés”, contou o taxista. A mulher, que é advogada, também é suspeita de cometer o mesmo ato contra um sargento da Polícia Militar (PM), dentro da delegacia, enquanto ele tentava levantar informações sobre o ocorrido. De acordo com o boletim de ocorrência, enquanto os envolvidos estavam na Central de Flagrantes (Ceflan) 2 da Polícia Civil, no bairro Santa Tereza, região Leste da capital, a autora ignorou um militar que fazia perguntas para ela, e se virando de costas. "O sargento (...) não conseguiu executar suas funções policiais militares, inerentes ao seu cargo/função, por causa da sua cor", diz. Segundo relatos, a mulher também teria desacatado uma sargento da PM, desobedecendo suas ordens de se sentar e aguardar, e disse: "sua sapata". Procurado, o advogado da suspeita disse que só vai se posicionar no decorrer do processo. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que não vai se posicionar sobre esse caso do sargento, pois ele não prestou queixa de injúria contra a mulher. Portanto, essa questão, por enquanto, não está sendo investigada. Segundo a Polícia Civil, a acusada responderá por quatro crimes: Injúria Racial, Desacato, Desobediência e Resistência. ela foi encaminhada na madrugada desta sexta-feira (6) ao sistema prisional. Neste sábado (7), Natália poderá ser solta em audiência de custódia. As audiências de custódia consistem na apresentação do preso em flagrante a um juiz no prazo de 24 horas. Após a audiência, o magistrado decide se o custodiado deve responder ao processo preso ou em liberdade, podendo ainda decidir pela anulação da prisão em caso de ilegalidade. (EM)
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