A Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, na Zona da Mata, confirmou, nesta quinta-feira (27), que o paciente proveniente da Índia e que está internado na Santa Casa de Misericórdia da cidade está com a variante indiana da Covid. Com isso, Minas Gerais registra o primeiro caso da nova cepa no estado. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura de Juiz de Fora foi notificada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais e que o paciente estava com a variante indiana. A pasta informou, também, que ele está sendo monitorado pelo Departamento de Vigilância Epidemiológica desde que chegou ao município. “Logo mais os primeiros sintomas foram apresentados, foi realizado o teste para detecção da presença do vírus e recolhimento do material biológico para exame de sequenciamento genético. Todas as medidas e protocolos de segurança sanitária foram colocados em prática e, desde então, o homem encontra-se isolado dentro do hospital”, informou, em nota, a secretaria. O teste para a detecção da variante indiana foi feito pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, o paciente que está com a variante indiana é uma pessoa que esteve na Índia trabalhando embarcada em um navio. Não foi informado o sexo e nem o quadro clínico da pessoa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse que o paciente chegou ao Brasil pelo Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 18 de maio. O deslocamento para Juiz de Fora foi feito de carro. Mas, antes de se dirigir para a Zona da Mata mineira, a pessoa apresentou um teste RT-PCR negativo no terminal paulista, emitido dentro das 72h previstas na norma. O Brasil registra, até o momento, oito casos confirmados de infecção pela variante indiana do coronavírus - a chamada B.1.617. Além do paciente de Juiz de Fora, há outros seis em São Luís, no Maranhão, e outro em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro. A variante foi registrada pela primeira vez na Índia em outubro do ano passado. Com a explosão de casos no país e sua disseminação no Reino Unido, autoridades sanitárias do mundo inteiro estão sob alerta. De acordo com infectologistas, esta cepa se tornou mais transmissível após mutações sofridas desde a sua descoberta e pode agravar a terceira onda da pandemia.
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