Rogério Ceni não é mais o técnico do Flamengo. Utilizando as redes sociais do clube, a direção rubro-negra comunicou na madrugada deste sábado a demissão do treinador. Maurício Souza dirigirá a equipe contra a Chapecoense, domingo, no Maracanã, pela 11ª rodada do Brasileirão. No início das discussões sobre o sucessor de Ceni, o nome de Renato Gaúcho é o primeiro a ser colocado na mesa, mas é preciso convencer o presidente rubro-negro, Rodolfo Landim, sobre a contratação do treinador, que deixou o Grêmio no dia 15 de abril. Depois de uma sexta-feira intensa nos bastidores rubro-negros, o anúncio da demissão de Ceni ocorreu às 2h46 deste sábado, pelas redes sociais do clube. - O Clube de Regatas do Flamengo informa que não continuará com Rogério Ceni à frente do time principal. O Clube agradece pelos serviços prestados e deseja sucesso nos próximos desafios - diz o comunicado. Contratado em novembro de 2020, Rogério acabou não resistindo aos maus (e decepcionantes) resultados colhidos neste início de Brasileirão e também ao conturbado ambiente interno. O desgaste no departamento de futebol era crescente nas últimas semanas, e o treinador estava cada vez mais isolado e desconfiado da maioria daqueles que o cercavam no centro de treinamento. O silêncio da diretoria mesmo diante dos conflitos virem a público aumentava ainda mais o incômodo. Em sua última entrevista coletiva, após a derrota para o Atlético-MG na quarta-feira, Ceni disse entender as críticas, mas ressaltou que se tratou do nono jogo seguido com desfalques importantes, cedidos para seleções. Na sexta-feira, o treinador comandou normalmente as atividades no campo, enquanto Rodolfo Landim, Marcos Braz e Bruno Spindel debatiam os rumos do futebol em reunião no Ninho. O presidente queria se inteirar da realidade dos conflitos recorrentes naquele ambiente, e o trio foi surpreendido com dois vazamentos que estremeceram as bases do trabalho do técnico ao longo da sexta. No início da manhã, o UOL publicou imagens de um relatório do setor de análise de desempenho que tratava Geromel e Kannemann, zagueiros do Grêmio, como jogadores do Sport. Mais do que o erro técnico, que já havia sido debatido longamente na ocasião, no fim de janeiro, causou revolta a divulgação de um documento interno, especialmente depois de seis meses. A diretoria iniciou um processo de caça às bruxas com o aval de Landim para demissão dos envolvidos. A percepção nos bastidores é de que o vazamento partiu da pequena ala favorável a Ceni para expor pontos fracos do departamento.
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