quinta-feira, abril 14, 2022

Itabunense Rian Marques é campeão no Indoor Soccer nos EUA

Ser jogador profissional é um sonho de quase todos os brasileiros. E para Rian Marques não foi diferente. Aos 27 anos, o atleta, nascido e criado em Itabuna (BA) vive hoje o seu melhor momento na carreira atuando pela equipe do Kansas City Comets, dos Estados Unidos, no Indoor Soccer, modalidade do futebol adaptado para ser jogado em arena coberta de quadra dura que se populariza a cada ano no país americano e no Canadá. Essa atual temporada está sendo muito significante para o atacante. O brasileiro, que atua desde 2020 na equipe, se sagrou campeão da sua divisão (Central Division) com quatro rodadas de antecedência, garantindo vaga nos playoffs. Ele conta como está sendo a reação dos torcedores na cidade e a importância dessa conquista. “Esse título significa muito para mim. Eu tenho grandes objetivos para a minha carreira nesse esporte e conseguir ajudar minha equipe a ganhar o título da divisão com quatro rodadas de antecedência é um passo enorme. Os torcedores de Kansas City estão bastante animados com o time por trazer um título de divisão que não vinha desde 2017”. O Indoor Soccer ainda não é tão conhecido no Brasil. Mas em solo estadunidense já é bem mais popular. Os Comets, equipe do brasileiro, atuam na MASL (Major Arena Soccer League), a principal liga do país. Rian relata como foi o processo para deixar os gramados para se firmar na quadra. “Desde pequeno, eu sempre joguei bastante futsal e depois que vim aos Estados Unidos, sempre tive vontade de voltar ao esporte. Após o final da minha carreira universitária no futebol eu joguei em alguns times semi-profissionais mas não recebi nenhuma proposta atraente de times profissionais. Foi quando eu recebi um convite do Kansas City Comets para treinar com o time e após alguns treinos, eu assinei um contrato com o clube”. Ele conta também algumas das diferenças entre o futebol e Indoor Soccer. "O indoor é um pouco parecido com o futsal tem aspectos do jogo que são bem diferentes, como a intensidade e o ritmo de jogo que são extremamente altos por conta das paredes que impedem a saída da bola.” Mesmo morando fora do Brasil há alguns anos, Rian não deixa de exaltar suas raízes sempre que pode. Em dezembro, em uma partida da liga, após marcar um gol, fez questão de tirar a camisa e deixar uma mensagem de força para sua terra natal, que na época sofreu com uma forte chuva e a cidade teve vários danos. Itabuna sempre está no coração do atacante.Hoje já mais adaptado a vida nos Estados Unidos, o brasileiro relata as dificuldades de adaptação no início do seu processo no país. “Foi um processo bem difícil no começo. Eu não conhecia ninguém que tinha feito intercâmbio esportivo, não sabia falar inglês e financeiramente parecia inviável. Mas com muito esforço e com as bênçãos de Deus, eu e a minha família conseguimos superar esses desafios. Depois de quase um ano de preparação eu embarquei para os Estados Unidos para estudar e jogar o futebol universitário.” Quem o acompanha nas redes sociais, vê sempre o centroavante fazendo diversas alusões ao número 26, sendo também esse o seu número da camisa. Ele relata a história por trás disso. “Em novembro de 2020 antes de eu me apresentar ao Comets, um dos meus melhores amigos (Luiz Neto) veio a falecer em um acidente de carro aos 26 anos. Ele era como um irmão para mim. Desde então eu decidi usar a camisa de número 26 em sua homenagem. Quando se animava com qualquer coisa, Neto sempre tinha uma reação de esfregar as mãos. Por isso eu sempre esfrego minhas mãos antes de começar o jogo e depois que faço um gol, também em homenagem a ele.”

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