O governo tem atuado politicamente sobre a diretoria da Petrobras, para que mantenha o preço dos combustíveis sem reajuste até as eleições do dia 30 de outubro. O aumento nos preços, porém, voltou a ser realidade nesta semana em todo o país, depois de 15 semanas consecutivas de queda, e a gasolina comum voltou a superar a faixa de R$ 5 em seis capitais. Em Salvador (BA), o preço médio do litro da gasolina comum chegou a R$ 5,56, enquanto em Natal (RN) passou a ser encontrada por R$ 5,44, em média. Os valores estão mais caros ainda no Distrito Federal, Rio Branco (AC), Manaus (AM) e Palmas (TO). Em Brasília, onde o litro da gasolina chegou a ser encontrado por cerca de R$ 4,80, agora está em cerca de R$ 5,09. A queda no preço dos combustíveis é uma das principais bandeiras que a campanha do presidente Jair Bolsonaro tem utilizado para sinalizar à população que o governo tomou medidas para reduzir o valor do insumo. A zeragem de impostos federais contribuiu para a queda de preços, além da redução dos impostos estaduais, mas também contribuiu para o cenário o fato de o preço do barril do petróleo ter caído nos últimos meses. Essa realidade, porém, mudou nas últimas semanas, devido à instabilidade no cenário internacional, e o preço do petróleo voltou a subir. A Petrobras, como empresa de economia mista, tem hoje como regra a orientação de seguir as oscilações dos preços internacionais, ou seja, acompanhar o câmbio e as variações do mercado mundial de petróleo, repassando esses preços ao mercado nacional. Bolsonaro tem dito reiteradamente que baixou os preços do combustível sem dar uma “canetada” no setor, ou seja, sem ter feito intervenção política nos custos praticados pela Petrobras. O fato, porém, é que a empresa tem segurado os reajustes e mantido os preços mais baixos no mercado.
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