segunda-feira, janeiro 23, 2023

Lula dá início à primeira viagem internacional do 3º mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciou a sua primeira viagem internacional no atual mandato, com passagens pela Argentina e pelo Uruguai. Ao desembarcar em Buenos Aires, no Aeroparque Jorge Newbery, Lula e a primeira-dama, Rosangela Lula da Silva, a Janja, foram recepcionados pelo chanceler argentino Santiago Cafiero. Antes de embarcar, Lula entregou o comando do país para o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), que ficará no cargo até quarta-feira (25) e postou uma foto dos dois nas redes sociais. Em um aceno à política externa regional e marcando o retorno do Brasil para a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), Lula participará da cúpula do bloco criado em 2010, em Buenos Aires, amanhã. O país deixou a Celac durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que evitou se aproximar dos países vizinhos. Integram a comitiva presidencial os ministros Paulo Pimenta (chefe da Secretaria de Comunicação Social), Márcio Macêdo (chefe da Secretaria Geral), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Nísia Trindade (Saúde) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia). Os governos brasileiro e argentino querem criar uma moeda comum sul-americana para transações comerciais e financeiras. Lula e Fernández assinaram um artigo publicado, ontem, no jornal argentino Perfil com o anúncio da medida, à véspera do primeiro encontro bilateral entre presidentes dos dois países em mais de três anos previsto para hoje. "Pretendemos quebrar as barreiras em nossas trocas, simplificar e modernizar as regras e incentivar o uso de moedas locais. Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana, que possa ser usada tanto para fluxos financeiros quanto comerciais, reduzindo custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa", escreveram Lula e Fernandez. O objetivo inicial não é fazer com que os países deixem de usar suas próprias moedas — o real e o peso argentino —, mas sim formatar uma moeda comum para as transações comerciais entre eles, sem depender do dólar. A ideia difere, porém, da criação de uma moeda única, como o euro — divisa oficial dos países-membros da União Europeia.

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