Quatorze anos após o caso que chocou a cidade de Itabuna e todo o Brasil, Everaldo Marques de Souza, 23 anos, enfrentará o julgamento popular. Acusado do homicídio de sua esposa, Railuciene Pereira de Castro Nery Marques, 36 anos, grávida de quatro meses, Souza será julgado em uma sessão que começará ás 09:00h do dia 26 de setembro. O caso atraiu atenção nacional e será acompanhado de perto por advogados, especialistas em direito penal e defensores dos direitos humanos. O assistente de acusação será o renomado advogado e vereador da cidade de Ilhéus, Jerbson Moraes. Conhecido por sua experiência em casos de alta complexidade, Moraes se junta ao Ministério Público na busca por justiça para a família da vítima. No centro da discussão estão diversas declarações de pessoas próximas à vítima e ao acusado. Uma colega de Railuciene, identificada como professora Francis M., trouxe à tona desconfianças sobre o comportamento financeiro de Everaldo e a aparente insatisfação da vítima com o estado do casamento. O ponto mais contundente que a acusação levanta é a ausência de sinais de arrombamento na casa. Everaldo, por sua parte, mantém que saiu apenas para comprar pão e retornou para encontrar sua esposa já falecida. O relatório da Polícia Civil, embora cauteloso em suas conclusões, é incisivo sobre a gravidade do caso. Sem entrar em detalhes gráficos, destaca-se a natureza calculista e cruel do crime. Everaldo M. de S. foi indiciado como incurso nas penas do art. 121, § 2°. I e IV C/C Art. 29, do Código Penal Brasileiro. O relatório menciona que não é fácil identificar psicopatas e, sem emitir juízo de valor, sugere que características de Transtorno de Personalidade Antissocial (TPA) poderiam estar presentes no acusado. Especialistas em psiquiatria forense poderão ser chamados para fornecer sua análise durante o julgamento. Dado o alto perfil e a natureza hedionda do caso, se faz necessário que organizações de direitos humanos e grupos de apoio às vítimas de violência doméstica esteja planejando vigílias e manifestações pacíficas para coincidir com o julgamento. O julgamento promete ser um marco no sistema judiciário brasileiro, servindo tanto como um estudo de caso para futuros processos criminais quanto como um momento crucial na busca por justiça para Railuciene e sua família.
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