Ministério Público do Trabalho (MPT) instaurou inquérito para apurar as causas da morte de um homem em um garimpo em Pindobaçu, no norte da Bahia. Informações iniciais indicam que Alan Alves Mamona, 41 anos, não resistiu aos ferimentos após cair em um mina de exploração de esmeraldas. Alan era casado desde 2020 e tinha uma filha. Ele morreu uma semana depois de completar 41 anos, de acordo com informações coletadas em suas redes sociais. O sepultamento aconteceu na manhã deste sábado (29). De acordo com o MPT, ainda não há informações se ele era empregado de algum garimpeiro que atua no local. O órgão informou ainda que deverá contar com informações dos órgãos que atuam no caso, como Departamento de Polícia Técnica, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto Médico-Legal e principalmente a Superintendência Regional do Trabalho da Bahia (SRT-BA). Em sua rede social, a Cooperativa Mineral da Bahia lamentou o ocorrido e decretou o cancelamento do expediente na última sexta-feira (28). A entidade disse ter ficado com "corações enlutados" e desejou que "familiares e amigos encontrem forças suficiente para superar esse momento de dor irreparável". Por meio de nota, a Polícia Civil informou que a vítima chegou a ser socorrida para um hospital, mas não resistiu. Depoimentos foram coletados e foi iniciada a apuração do caso. Em abril deste ano, um homem de 51 anos morreu soterrado em um garimpo no município. O caso aconteceu no dia 4 de abril, mas o corpo de Cleiton Oliveira de Souza só foi retirado do local na manhã do dia seguinte com ajuda de outros garimpeiros. O resgate foi complicado porque o desabamento ocorreu no subsolo do garimpo. A cidade de Pindobaçu é conhecida como "capital das esmeraldas". É uma pequena cidade na Serra da Carnaíba e que, de acordo com o Censo do IBGE, possui quase 20 mil habitantes. Em maio deste ano, uma pedra preciosa — de matriz preta com esmeraldas verde — de 137 quilos, encontrada na região, foi arrematada por R$ 175 milhões após um leilão da Receita Federal. O valor mínimo de lance para arrematar o item valioso era de R$ 115 milhões. Em um intervalo de 23 anos, cinco pedras gigantes de esmeraldas foram encontradas na região.
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