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04 abril 2025

Justiça impede que Rede Mateus ocupe antigo Bompreço em Salvador; entenda


A Rede Mateus, que já possui supermercados no interior da Bahia, planeja inaugurar ao menos três estabelecimentos em Salvador. A previsão é que o primeiro deles seja aberto em novembro, no Salvador Norte Shopping. Porém, uma disputa travada na Justiça deve adiar os planos do grupo de adquirir o antigo Bompreço, na região do Iguatemi. 

Uma liminar do dia 18 de março, suspendeu os efeitos de uma assembleia que autorizou a locação do imóvel, antes ocupado pelo Bompreço, para o Grupo Mateus. A juíza Indira Fábia dos Santos Meireles, da 4ª Vara Cível e Comercial de Salvador, entendeu que há conflitos de interesse envolvendo o administrador nomeado para conduzir a negociação. 

A ação foi movida pelo Bompreço Bahia Supermercados Ltda, do grupo Carrefour, que detém 30% do imóvel localizado na capital baiana. A empresa contesta a legalidade de uma assembleia realizada em 28 de janeiro deste ano.

Nessa reunião, a empresa Aujjo Bahia Empreendimentos Ltda, coproprietária majoritária, nomeou Renato Furtado Zenni como administrador com amplos poderes para firmar contrato de locação do bem.

O imbróglio acontece porque Zenni é, além de administrador nomeado, sócio de empresas do Grupo Mateus, interessado em alugar o imóvel. Na decisão, a magistrada pontua que "a iminência da formalização de um contrato de locação com prazo de até 20 anos, sem a concordância de um dos coproprietários do imóvel, pode configurar lesão grave e de difícil reparação".

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A liminar determina que as partes não celebrem qualquer contrato de locação até nova assembleia ou decisão posterior. Também foi fixada multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento. No processo, a Aujjo argumenta que o Carrefour vendeu sua participação majoritária no imóvel e, agora, busca impedir a sua locação a um de seus concorrentes em Salvador. 

Procurado através da sua assessoria de imprensa, o Grupo Mateus informou que tem interesse no imóvel e que aguarda a resolução do conflito entre a Aujjo e o Carrefour. O Carrefour, dono do Bompreço, também foi procurado, mas ainda não se manifestou sobre a decisão liminar.

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