Às vésperas do congresso nacional do PT, documento apresentado pela maior força do partido nesta terça-feira (9) dilui as críticas à política econômica e ao ajuste fiscal implementados pelo governo Dilma Rousseff e que vem sendo alvo de ataques nos últimos meses. O tom brando do texto é produto de um esforço do ex-presidente Lula, somado a um apelo público da própria presidente. Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", ela pediu que seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não fosse tratado como "Judas". No texto, um dos que balizarão a discussão do partido no congresso a partir de quinta-feira (11), a corrente "Partido que Muda o Brasil" propõe ainda a volta da CPMF, imposto que incide sobre movimentação financeira. O documento será submetido aos 800 delegados petistas, durante congresso nacional do partido, em Salvador. A PMB detém 53,6% dos votos desses congressistas. "Somos favoráveis à retomada da contribuição sobre movimentação financeira, um imposto limpo, transparente e não cumulativo, como uma nova fonte de financiamento da saúde pública", diz o documento, elaborado pelo presidente do PT, Rui Falcão, e integrantes da Executiva Nacional do partido. O texto pede ainda a reversão da política de juros altos e a instituição do imposto sobre grandes fortunas. A corrente majoritária do partido também propõe mudanças ao modelo de alianças praticado pelo governo federal, mas contemporiza, dizendo que elas permitiram "a construção de maiorias parlamentares táticas".
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