quarta-feira, junho 10, 2015

Lava Jato investiga operação do Banco Safra com Youssef

A força ­tarefa da Lava Jato investiga se o Banco Safra cometeu crime financeiro em um acordo da ordem de R$ 10,4 milhões para renegociar as dívidas da empresa Marsans, adquirida pelo doleiro Alberto Youssef, um dos alvos principais da operação e que fez delação premiada – em seus relatos, ele apontou deputados, senadores e governadores supostamente recebedores de propinas do esquema de corrupção na Petrobrás. Segundo o Ministério Público Federal, ao aceitar a operação suspeita, o banco teria cometido crime contra o sistema financeiro nacional e colaborado com a lavagem de dinheiro operada pelo doleiro, além de ter evitado que o esquema de desvios na estatal petrolífera fosse descoberto antes. A Marsans foi adquirida pelo doleiro em 2011 por meio de sua empresa de investimentos, a GFD. Na ocasião, a empresa de turismo já estava endividada com o banco e o doleiro ofereceu o hotel Príncipe da Enseada, em Porto Seguro (BA), adquirido pela GFD por R$ 6 milhões em um leilão, como garantia da renegociação da dívida da companhia, da ordem de R$ 10,4 milhões. O banco aceitou a negociação e, pelo acordo, a GFD quitaria o débito da Marsans com o banco em 61 parcelas. Em seu acordo de delação premiada, o próprio doleiro admitiu que o hotel foi adquirido com dinheiro de atividade criminosa e o colocou à disposição da Justiça como parte do acordo.

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